10 meses depois da tragédia, Petrópolis, a cada chuva, soma mais estragos
Hoje completa 10 meses da tragédia das chuvas de fevereiro – e que se repetiram em março. E às vésperas do Natal, a cidade ainda tenta se recuperar não apenas das perdas humanas e estragos físicos, mas do trauma que é comum a todos. A lentidão da entrega das obras de reconstrução e a falta de um plano para minimizar as inundações voltaram (se é que deixaram algum dia) a ser tema das conversas do dia a dia. E houve estragos que dependem de obras em várias ruas. Assim, a relação de 130 intervenções necessárias, com a chuva de terça, cresceu ainda mais.
Segurança
A cidade é turística e vive a dicotomia de ter que atrair visitantes para girar a economia e ao mesmo tempo se colocar em segurança e garantir a quem pretende vir que é seguro também. Isso, sem ter essa certeza. Ter cancelas e ruas com sistema de ‘abre e fecha’ para assegurar que ninguém seja vítima de inundações pode até fazer parte de nossa rotina e a gente se acostumar (porque o ser humano se acostuma com tudo) assim como sirenes e evacuação de locais de risco, mas convencer quem a gente quer que venha à cidade que é normal é que será bem difícil. E fica a pergunta aos nossos governantes: qual é o plano?
Não vão resistir
Alguns lojistas da Rua do Imperador, depois das chuvas que deram o tom nesta terça-feira, já vêm anunciando que mais uma inundação em suas lojas e terão de fechar em definitivo porque ainda nem se recuperaram dos prejuízos de fevereiro e março.
Contagem
Faltam 7 dias para o verão.
Protesto
Um morador da Rua Santos Dumont, no Centro, está por aqui com a prefeitura. E resolveu protestar com uma placa. Na área do jardim da casa dele passa uma galeria de águas pluviais e que está entupida. A prefeitura foi lá e deu apenas uma guaribada, mas não resolveu. Na última chuva entrou um metro e meio de água na casa. E ele não sabe mais a quem apelar. Mas o IPTU ele paga em dia e é caro.
Ainda os bueiros
A prefeitura, questionada pelas inundações no Centro na terça-feira, divulgou que “o trabalho já avançou em 15 regiões, com mais de sete mil bueiros limpos desde novembro”. Considerando que o total é de 15 mil, segundo a própria prefeitura e que três mil tinham sido limpos em outubro, restam cinco mil a serem limpos. Mas o prazo dado pela justiça para limpar tudo é dia 21 de dezembro. Será que vai dar tempo?
Só pra saber
Mas, ainda falando sobre as chuvas: com a quantidade de água nos rios na terça-feira trazendo muitos detritos, o desassoreamento que a prefeitura e Inea disseram que foi feito foi comprometido e leitos dos rios voltaram a ficar cheios de areia?
Esqueceram o aniversariante
Falando em Natal Imperial alguém viu algum presépio na iluminação pública colocada pela prefeitura? Porque tudo bem a decoração com boneco de gelo, caixa gigante de presente, Papai Noel, renas e coisa e tal, mas a gente não pode esquecer do aniversariante de 25 de dezembro, afinal, o Natal é uma festa cristã em celebração ao nascimento de Cristo.
Milagre de Natal
E a árvore de Natal da Praça da Liberdade, nos últimos dias, ganhou mais 30 centímetros de estrutura. Para alcançar os 20 metros de altura previstos, faltam agora só mais 19,5 metros. E também colocar a iluminação. A inauguração é hoje, às 19h, mas tenham fé: vai dar tempo.
Iluminação encolheu
E o presidente da Câmara de Vereadores, Hingo Hammes, anunciou que vai investigar o lance da iluminação de Natal incompleta e fora do prazo. O túnel ficou pronto dia 09 e dizem que a árvore da Praça será inaugurada na quinta. Isso com o Natal tendo sido ‘inaugurado’ no dia 30. Tendo atraso não pode pagar o que foi combinado. Mas a investigação tem que ser mais ampla: a iluminação encolheu este ano e nem chegou aos distritos, mas o valor de R$ 2,9 milhões é praticamente o mesmo de anos anteriores quando foi beeeemmm mais ampla.
Suspende o maestro!
De tanto a gente falar ‘chama o maestro’, uma referência ao ex do Instituto Municipal de Cultura, Leonardo Randolfo, leitores da coluna observaram: tá mais presente na Praça da Liberdade no Natal deste ano que muita gente do governo.
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