5 meses da tragédia e parlamentos ainda não divulgaram resultados das comissões de fiscalização

15/07/2022 03:15

Além de uma Frente Parlamentar, a Câmara de Vereadores instituiu, dia 22 de fevereiro, três comissões especiais que atuam na fiscalização de ações do poder executivo na reconstrução da cidade após a tragédia de 15 de fevereiro: Comissão de Finanças, Infraestrutura e Retomada Econômica; Assistência Social e Moradia e Transparência.  Foram feitas reuniões públicas, fechadas e recebidos documentos. Hoje, cinco meses da tragédia, não se tem dados consolidados sobre o que foi apurado, nem uma prévia do que já foi visto, o que esta ok, o que ainda precisa ser verificado…

Na Alerj também

A Assembleia Legislativa do Estado também compôs uma Comissão Especial de Acompanhamento das Ações, no dia 02 de março. Foram realizadas audiências na sede do parlamento e em Petrópolis, além de fiscalizações in loco.  Mas, por enquanto, também não se tem uma prévia nem mesmo para a gente saber se a prefeitura, governo do estado e governo federal estão no caminho certo da reconstrução.  A única comissão que encerrou foi a do Senado que fez quatro audiências públicas, ouviu 30 pessoas e fez 95 recomendações aos governos das três esferas.

Abrigão da Floriano

Hoje, cinco meses da tragédia das chuvas de fevereiro, o “abrigão” da Floriano Peixoto ainda não está apto a receber moradores. O prédio com 32 unidades (sendo 20 quitinetes e 12 apartamentos) teve a compra anunciada pela Prefeitura no dia 15 de março, pelo valor de R$ 3,5 milhões, dinheiro dado pela Alerj, mas o pagamento do imóvel só aconteceu dois meses depois, no dia 16 de maio, após a 4ª Vara Cível ordenar o pagamento pois o imóvel estava em processo de inventário. O prédio ainda precisa de reforma.

10 anos de abandono

Em novembro de 2018 um investidor arrematou em um leilão o prédio do Banco do Brasil na esquina das ruas do Imperador e Alencar Lima, por R$ 1,8 milhão. O casarão já estava fechado desde 2012. O imóvel é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) e é um dos prédios mais bonitos da cidade, construído em 1926, com projeto do engenheiro João Glasl Veiga e inaugurado em 1928 para servir de sede ao Banco de Petrópolis, no mesmo lugar onde existiu o Hotel Bragança, demolido no século passado.

Prédio está apodrecendo

Daqui a quatro meses vamos completar 10 anos desde que o prédio deixou de ser agência do BB e está fechado. E há quatro anos que tem um novo dono e continua na mesma, degradando a cada dia que passa. A única providência neste período foi em 2016, quando parte do reboco da fachada caiu e o banco foi notificado pela Defesa Civil e instalou tapumes que permanecem ao redor do imóvel até hoje.

Uma sequência de fotos do prédio abandonado, ex agência do Banco do Brasil, em pleno Centro Histórico: patrimônio se deteriorando e risco para as pessoas.

Risco

De um Partisans sobre os restaurantes tradicionais germânicos quase terem ficado de fora Bauernfest: “se a gente desse mais duas piscadas de olho e já ia rolar farinha no salsichão”.

Digital?

Gente, a cada dia chega mais reclamação de idosos e deficientes que estão denunciando que o sistema digital para emissão do cartão de gratuidade do estacionamento rotativo anunciado pela prefeitura não funciona de verdade. Ontem, recebemos mais uma. Um leitor da coluna disse que foi orientado a baixar e preencher um formulário e levar na CPTrans…

Tudo igual

Não avançou em praticamente nada a audiência pública na Câmara dos Deputados realizada na quarta-feira sobre a licitação de nova concessão para a BR-040 do Rio a Belo Horizonte.  Representantes do governo se comprometeram a enviar os estudos sobre a concessão para o Tribunal de Contas da União até o final de agosto. Mas, até ser licitado e começar a operar uma nova concessionária bota mais um ano aí…

Tem alguém fiscalizando?

Não sei se algum vereador – que deveriam estar fiscalizando – já deu uma olhada nisso, mas esses muros de gabiões não estão custando muito caro, não?  Eles são feitos daquelas gaiolas metálicas com aço galvanizado e pedra dentro.  E tem uma dezena deles sendo construídos para segurar as margens dos rios destruídas nas enchentes.  Mas custam R$ 600 mil, R$ 850 mil…

R$ 300 por m²

Tontos que somos, fomos dar uma pesquisada sobre o custo de muro de gabião. E descobrimos que existe uma tabela do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil feita pela Caixa Econômica Federal e pelo IBGE, que informa os custos e índices da Construção Civil no Brasil. Por essa tabela o muro de gabião custa, em média, R$ 300 por metro quadrado.

Um dos programinhas bacanas e gratuitos de Petrópolis são os shows na 16 de Março. Um dos últimos foi o da talentosa Giulia Marchesini. E já tá todo mundo ansioso para o próximo!

Contatos com a coluna: lespartisans@tribunadepetropolis.com.br

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