50% das previsões da Focus para IPCA de 2023 estavam entre 3,68% a 4,28% em março

25/04/2022 13:17
Por Thaís Barcellos / Estadão

O Banco Central divulgou nesta segunda-feira, 25, a Distribuição de Frequência das Expectativas de Mercado referente ao mês de março, uma espécie de mapa das projeções enviadas pelas instituições financeiras à autoridade monetária. O relatório mostra que 50% das expectativas para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 estão na faixa de 3,68% a 4,28%, parcela maior do que em fevereiro (40%).

O centro da meta para 2023, que é o foco da política monetária, é de 3,25% com margem de tolerância entre 1,75% e 4,75%.

A mediana ficou em 3,80%, a mesma apontada pelo Boletim Focus divulgado no dia 28 de março, o último publicado pelo BC.

Na terça-feira, 26, às 8h30, o BC volta a divulgar o Relatório de Mercado Focus, em meio à suspensão da greve dos servidores do órgão até o dia 2 de maio.

Na distribuição de frequências, se observa também que a faixa que compreende o alvo central para o IPCA de 2023, que vai de 3,08% a 3,68%, tem agora 30% das previsões, de 60% em fevereiro. Já o grupo mais pessimista, que prevê o IPCA 2023 entre 4,28% e 4,88%, soma cerca de 20% das estimativas, contra 10% no mês anterior.

Houve bastante movimentação nas expectativas para o IPCA 2022. Subiu de 10% para 60% a fatia de analistas que espera que o índice termine este ano entre 6,47% e 7,47%. Em fevereiro, 70% das expectativas estavam entre 5,47% e 6,47%, agora são cerca de 15%. A mediana ficou em 6,92%, contra 6,86% no último Focus.

As previsões para a Selic – a taxa básica de juros – também se movimentaram bastante. No fim de março, quase 60% dos analistas esperavam que a taxa terminasse 2022 entre 12,75% e 13,75%. Já no fim de fevereiro, 80% aguardavam que os juros chegassem ao fim deste ano entre 11,75% e 12,75% – porcentual agora de 30%.

Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, aumentou de 60% para 70% a fatia de analistas que veem o crescimento entre 0,08% e 0,78%. Para 2023, porém, cresceu a parcela dos mais pessimistas: 35% projetavam o PIB entre 1,18% e 1,78% no fim de março, contra 30% em fevereiro.

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