A glória de servir

20/05/2016 08:00

Aprendemos, desde a infância, que a prestação de serviço ao nosso próximo nos responderá com melhores momentos e condições de vida, não é verdade? 

Aprendemos e vivenciamos, por todo o tempo, uma troca de experiências e sentimentos, muitas vezes, sofrendo por toques e palavras, que nos trazem dificuldades, nos diversos campos de nossa existência. 

Experimentamos, à proporção que crescemos as múltiplas sensações no serviço e na exemplificação de nossa personalidade, aprendendo, minuto a minuto, com nossos irmãos de estrutura orgânica, como, também, com a visualização de todos os acontecimentos sociais e humanos, presenciados através dos veículos de comunicação. 

Entendemos e sabemos que a vida é uma troca, uma verdadeira troca de vibrações e sentimentos, conhecimentos e culturas, por todos os meios, que se articulam na esfera. Sabemos que precisamos uns dos outros, na curta ou longa distância, que envolve nosso ser, porém, certa troca ou doação, entre almas, ainda se faz difícil e permanece, no sentido dos interesses e ambições. 

É lógico que a esfera se baseia em armazenamentos e angariamentos materiais de todas as espécies, porém, também, sente a criatura que não só destas absorções e pretensões excessivas necessitamos. O bem-estar de nosso próximo, muitas vezes, não nos alcança, por isso mesmo, sentimos inveja destas almas que retêm mais do que possuímos. A esfera, como todo o Universo, se pauta em leis físicas e naturais, por isso, tudo aquilo, que fizermos a nosso próximo, estaremos fazendo a nós mesmos, não é verdade? 

Irmãos, as leis de causa e efeito, ação e reação nos permeiam o viver, trazendo-nos, por muitas vezes, sob efeitos aos quais não sabemos a razão de nos estarem atingindo. 

Ponderemos, por alguns instantes, se não estamos distanciando-nos deste serviço de atendimento a irmãos, de prestarmos melhores depoimentos de compreensão e caridade àqueles que convivem conosco no círculo familiar e social. Ponderemos se o nosso posicionamento será de serviço ao nosso irmão mais necessitado e carente. Sim, necessitado de caridade, atenção e cuidados, carente em materialidade a lhe suprir o físico ou o Espírito, carente em ouvir ou em abraçar. Sejamos solícitos, permitindo-nos alguns instantes de atenção e troca de informações e sentimentos. Como sofremos, quando alguém não nos dá atenção! Sirvamos, em nome de Jesus, quando nos sentimos relegados, ao não termos forças para desempenhar mais algumas funções, até mesmo caseiras, e não conseguirmos que aqueles, que convivem conosco, nos ajudem! Como é difícil servir e preencher as tantas necessidades! Sabemos que cada alma, por vezes, nos traz sob múltiplas exigências, em todos os setores do viver. Sabemos que o próprio servir precisa ser dosado e trazido sob uma ótica criteriosa, para que doemos e sirvamos, na medida certa de nossa capacidade e, também, da necessidade daquele que se faz objeto de nossa atenção. 

Amemos, sirvamos e atendamos às almas em suas necessidades e dificuldades, assim como, também, a preencher, em sentimentos, aqueles que nos rodeiam, dando a cada um a porção exata a ajudá-los a continuarem sua caminhada. 

Sirvamos em nome do Pai, do Mestre e de nós mesmos, de nossas almas ainda tão carentes de atenção, cuidados e carinho. Sirvamos de boa vontade, sabendo que Alguém muito especial precisa de nós neste serviço que tocará almas em desalinhos e desestruturações. Sirvamos em nome d'Aquele que, se estivesse vivenciando, hoje, entre nós, outra vez, o faria em doações profundas de amor e caridade aos corpos e às almas. 

Doemos o melhor de nós mesmos, da fonte infinita que nos foi distendida, com as melhores essências do Pai. Doemos, sem pensar em retornos, sirvamos, com dedicação, a cada minuto de nosso dia, lembrando sempre que esta fonte infinita, que nos abastece, nos retornará sempre em dobro naquilo que distendemos, porém, todas estas doações e serviços precisarão ser lançados e distribuídos através de sentimentos e concessões verdadeiras e legítimas, do fundo do nosso ser, servindo a todos e a cada um como se o fizéssemos ao Cristo Jesus, nosso Irmão Maior.

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