A importância da espiritualidade no cuidado ao paciente é tema de encontro no Hospital Santa Teresa

Representantes de diferentes religiões se reuniram no salão nobre do Hospital Santa Teresa, para participar do primeiro Diálogo Inter-religioso promovido pela instituição. O objetivo do evento, mediado por Frei Volney, foi debater o tema “A importância da espiritualidade no cuidado ao paciente”.

O amparo espiritual aos pacientes sempre fez parte da rotina de cuidados fornecidos pelo HST, graças às raízes herdadas das Irmãs de Santa Catarina que passaram a administrar o Hospital em 1900. O trabalho é realizado pela equipe da Pastoral da Saúde que diariamente faz o acolhimento dos pacientes, sempre respeitando as práticas religiosas de cada um.

“Desde 2019, o trabalho da Pastoral da Saúde foi reformulado. A atuação, antes de cunho confessional e sacramental, passou a abraçar todas as religiões. Nosso intuito é realizar a visita para levar uma palavra de esperança, mas sem conotação doutrinal”, contou o assistente da Pastoral, Mateus Severino, explicando que o evento foi organizado para promover uma reflexão sobre a importância do cuidado espiritual no amparo aos doentes.

“As pessoas vêm ao hospital como hóspedes em busca de cura e dar esperança é algo comum a todas as religiões. A tarefa da religião não é substituir a ciência, mas levar algo para ajudar as pessoas. A espiritualidade envolve o Ser humano e esperamos que estas diversas correntes de espiritualidade possam, dentro do ambiente hospitalar, ser um meio em favor da saúde”, comentou Frei Volney, parabenizando o HST pela iniciativa. 

O pastor Paulo, da Igreja Batista Central, destacou que no exercício da profissão é preciso ter Deus e Jesus como referência: “Se não pudermos dar o afago, falta alguma coisa. Como dizer que temos amor a Deus, se não dermos amor aos necessitados? Amor se faz com dedicação”.

Nadeem Ahmad, representante da Associação Ahmadia do Islã no Brasil, ressaltou que todos possuem responsabilidades ao lidar com vidas: “Não adianta falarmos coisas bonitas e não praticarmos a religiosidade no dia a dia, qualquer que seja a nossa crença.  Dentro da área da saúde, onde as pessoas precisam de mais dedicação, temos a oportunidade de cumprir com nosso dever religioso de ter compaixão e valorizar a vida”.

A importância do amparo também foi destacada por Arnaldo da Silva, representante do Terceiro Conselho Espírita de Unificação: “Precisamos nos colocar no lugar do doente e nos unirmos porque Deus é um só”.

Também participaram do evento o Pastor Elton Potin, da Igreja Evangélica de Confissão Luterana e Alexandre Dantas, membro da comunidade Budista.