A importância da inclusão na educação

O sistema educacional tem passado por muitas transformações nos últimos anos no que diz respeito à educação inclusiva. O respeito à diversidade e a garantia à diversidade tem sido uma prática entre o sistema de aprendizagem. Experiências inéditas foram vivenciadas desde que se compreendeu que o aluno com qualquer deficiência (física, intelectual, visual, auditiva e múltipla) não deveria ser apartado para uma escola especial, mas incluído.

O professor, como organizador da sala de aula, assume um compromisso com a diversidade com a cooperação de todos os alunos envolvidos no processo de aprendizagem valorizando as competências do aluno e não suas limitações. No entanto, compreende-se que incluir não é apenas inserir o educando no ensino regular sem o devido acompanhamento específico. Para isso além do incentivo governamental, que se faz essencial para adaptações práticas, a inclusão é aprendida. Educadores estão aprendendo e revendo conceitos diariamente.

O respeito ao tempo de cada aluno, as diferenças no processo de assimilação e desenvolvimento cognitivo, a adoção de interpretes de libras, impressão de materiais em Braille, construção de rampas de acesso e materiais lúdicos para portadores de limitações cognitivas, são algumas das principais características de uma escola inclusiva.

Os diálogos constantes e as abordagens sobre como se pode conviver com as diferenças faz da escola um ambiente acolhedor para todos. Respeitar as diferenças não é benéfico apenas para os portadores de deficiência, previne o bullying e problemas que afetam a todos em suas rotinas. Envolve empatia e companheirismo. Ao falar sobre inclusão é inevitável falar de amor.

Ainda estamos caminhando para uma escola inclusiva ideal, arrisco dizer que estamos até um pouco longe do objetivo do que seria “ideal”, porém, estamos mais perto do que estávamos anos atrás. Com todas as ressalvas que podemos e devemos fazer, pois é através dessas críticas que podemos evoluir, a educação inclusiva tem nos ensinado ao menos que o caminho certo é esse, afinal, por ela compartilhamos histórias de superação, empatia e convivência com as diferenças. Uma infinidade de alunos desde a educação inclusiva se dispôs a aprender libras para se comunicar com algum colega surdo. Outra parte conhece muito mais atualmente sobre autismo do que jamais se soube, simplesmente por que conhece na prática como é conviver com um autista e para isso pesquisa, estuda e analisa. Assim é com qualquer outra diferença. As diferenças transformam o mundo e a inclusão faz dele um lugar mais habitável para aqueles que possuem suas especificidades. Precisamos aprender e ensinar a diversidade para um mundo mais justo e compreender que leva tempo para que tudo seja perfeito.

Nesse novo sistema não se pode negar que todos estão aprendendo, alunos e educadores, a conviver com as diferenças. O que seria a escola se não uma representação da sociedade?! Todos estamos para a sociedade assim como estamos para escola e todos temos direitos e deveres uns com os outros. A troca de conhecimento, carinho e empatia também faz parte do processo da educação e é lindo que se aprenda e evolua dessa forma.