A mãe de Jesus

21/12/2018 10:15

Ouvindo as palavras ternas e suaves sobre a mãe de Jesus, no mês em que a Terra reverencia Sua lembrança, não só por ser a mãe de Jesus, mas por algo que vem com o seu próprio nome, Maria, sentimo-nos tocados pelo seu coração iluminado e fortalecidos pela suavidade de suas feições. 

Jesus precisava aproximar-se da esfera, trazer o exemplo vivo do Seu amor, do perdão e de fé. Deveria nascer de um ventre, comungar as dificuldades de um parto, crescer como todas as almas que encarnam num processo constituído de energias, de vibrações e de acúmulos. Jesus veio através do ventre de Maria numa concepção normal, mas com objetivos grandiosos, porém, difíceis.

Maria, simples, esperançosa e crente na força divina, se envolve em alegria quando descobre que vai ser mãe. Seus sentimentos, sua bondade e ternura fortalece aquele Espírito já adentrado em sua carne, aprofundando-se em fé e recebendo a mensagem de que alguém muito especial estaria sob seus cuidados. 

E, assim, acompanhado pelas multidões superiores iluminadas, o Mestre, em grande sacrifício, veio respirar a contaminada atmosfera terrena.

O corpo se maleabilizou, o Espírito se retesou a poder ocupar um espaço tão exíguo, numa ambientação difícil e arisca.

Maria cuidou do seu rebento como todas as mães. Desvelou-se em carinho e atenção, percebendo que tinha em mãos um pequeno diamante. Mas, na quietude dos seus pensamentos não podia dilatar isto ao mundo. Sentia-se, ao lado de José, muito feliz por aquele menino tão pacífico e bom. Mas, ao mesmo tempo, uma grande preocupação lhe envolvia; como o mundo veria aquele ser tão diferente, tão pleno em conhecimentos, tão dócil e alheio às contaminações da Terra? 

A mãe e o pai se preocupavam. Mas, o caminho de Jesus estava traçado: Ele tinha uma representação a fazer na esfera. Representação esta, até hoje revivida e, certamente, também, presenciada por muitos de nós que lá estivemos. 

O mundo estava pronto para observar a presença e o exercício pleno desta criatura? Diríamos que não. Mas, quando o mundo estaria pronto? 

A esfera era e ainda é muito densa, difícil em conseguir aceitar um destaque em amplitude espiritual, principalmente, na magnitude do Mestre.

Mas Maria sabia que Jesus era um diamante, e de grande quilate. Então, como mãe, amiga e irmã espiritual acompanhou Sua trajetória sofrendo, amando, rogando a Deus que enviasse as luzes do alto a energizar e ajudar aquele Espírito a empreender Sua tarefa, na missão a que se propôs. 

E, assim foi. Jesus sofreu e sua querida e amada Maria sofreu na mesma intensidade, porque além de ter saído do seu ventre e compartilhado do seu sangue, das suas vibrações e emoções eram companheiros espirituais, pois viviam, ambos, em escalas semelhantes, sentiam-se como Espíritos, ampliavam-se como almas infinitas. Sofreram ambos, mãe e filho, alma e Espírito. 

Grandioso o sentimento que as almas terrenas distendem ao lembrar o papel da mãe de Jesus. Naturalmente, que, também, ela se trazia sob condições próprias, tendo que ultrapassar etapas, e, esta convivência plena, mas difícil e árdua, fazia parte das difíceis e tortuosas encruzilhadas. Conseguiu ultrapassar os momentos dos sofrimentos supremos de Seu filho amado sofrendo muito, mas, entendendo que aquele ser vinha à exemplificação aos povos rudes da época. 

A lembrança que temos do Espírito Maria é a de que tivemos entre nós, além de Jesus, a sublimidade, a doçura, uma beleza espiritual distendida a uma missão grandiosa, mas árdua para seu coração de mãe aflita. Hoje, ela percorre o Universo, colocando-se à disposição a atender aqueles que a solicitam, exercendo seu amor e humildade no atendimento às almas sofridas e carentes. 

Peçamos a Jesus, acima de tudo, que nos perdoe por muitos de nós termos olvidado a Sua chamativa, numa época em que nos trazíamos, certamente, envolvidos em maiores sombras do que as que ainda hoje nos trazemos. 

Que consigamos colocar estas duas imagens sublimes em nossas mentes e em nossos corações, como exemplos vivos da grandiosidade celeste.

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