A minha peneira

22/08/2016 12:00

Temos cinco chapas de candidatos a Prefeito e Vice em Petrópolis e penso que são todas compostas por cidadãos bem-intencionados e capazes. Tiro o meu chapéu a todos. Sob a minha ótica pessoal, o melhor candidato será aquele que puder evidenciar no currículo mais respeito para com a gestão participativa independente. Promessas, juras, propostas, planos e programas, eu dispenso; a cota de pernadas já foi preenchida.

Provem-me por que valores se pautaram até aqui nas suas vidas públicas e saberei em quem votar. Ofereço a quem interessar possa o singelo teste abaixo, composto por 20 perguntas:

01 – Como posicionou-se, desde a criação da FAMERJ, face ao Movimento das Associações de Moradores, maior movimento político-participativo ocorrido no Brasil e asfixiado pelos partidos?

02 – Corolário: alguma vez contribuiu, por atos e omissões, para que movimentos de Juventude, Sindicatos, Associações de Moradores, de Segmentos Sociais, e outras organizações da sociedade civil fossem objeto de cooptação por partidos?

03 – Aceitou calado que a Câmara engavetasse a Ouvidoria do Povo?

04 – A palavra empenhada sempre valeu ouro?

05 – Como se posicionou contra a absurda verba anual da Câmara (25 milhões, ou 100 milhões por Legislatura quadrienal)?

06 – O que fez contra a prorrogação do contrato da Águas do Imperador pelo Governo Mustrangi, 15 anos antes do seu término, sem ouvir ninguém e sem mandato para tal?

07 – Como protestou contra o fato da Câmara não publicar a revisão da LOM nem de seu Regimento Interno, embora o mandamento do art. 32 da LOM?

08 – O Plano Diretor, Lei 7.167 de 28 de março 14, ainda carece de planos setoriais e códigos, dois anos e meio depois; como reagiu?

09 – Nosso Plano Diretor – que tem que ser também Plano Estratégico em Petrópolis – desconhece a máquina dos Poderes: estrutura, efetivos, RPPS, toda a área “meios”. O que fez a respeito?

10 – O Orçamento Participativo foi engavetado, e um direito voltou a ser uma benesse que o Poder concede se formos bonzinhos; como rebateu esse retrocesso?

11 – O mandato é de quatro anos, impede o planejamento de médio e longo prazo não-participativo; a solução, o Instituto Koeler, foi engavetada. Diante dessas premissas contraditórias, como se portou?

12 – A tragédia do Cuiabá gerou o maior descaso oficial. O que fez a  respeito, desde 2.011?

13 – Como reagiu ao saber que a Câmara não publica, há anos,  leis promulgadas, resoluções e outras normas?

14 – Plano de Governo é conceito que nega o Plano Diretor e outras leis (parece idéia de bêbedo, se me permite o Ministro Gilmar). Como se posicionou a respeito?

15 – Considera o Prefeito representante do povo de Petrópolis ou de seu partido?

16 – Explique, em 50 palavras, os benefícios e ônus dos Programas das Cidades Sustentáveis tais como impostos aqui?

17 – Já trocou (em qualquer pólo) independência de modo de agir por cargo de confiança?

18 – Sempre tratou munícipe como trata eleitor?

19 – Viu os conselhos “deliberativos” deliberarem algo?

20 – Protocolo que se acessa por escadarias infindáveis na Câmara lhe pareceu digno ou indigno? E o que fez a respeito?

O passado de cada um é que o recomenda ao cargo ou ao olvido. 

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