A natureza que nos alimenta

06/04/2018 12:00


Irmãos, busquemos sempre as vibrações do nosso Irmão Maior, que toca em todas as naturezas e distribui a força da vida à nossa sequência vivencial, que nos deposita em estruturas várias a cada tempo e a cada etapa, respeitando a nossa vontade, o nosso grau de crescimento e as disposições íntimas que se firmam durante os milênios e milênios.

Este lume nos alcança, esta energia envolve a tudo e a todos sem que consigamos chegar além – nós, racionais, pensantes, mas ainda primários em nossas conjecturas, atingir este grau imenso da Criação. Tudo que nos toca, tudo que sentimos e captamos, tudo que olhamos, vivemos e respiramos vem num abastecimento profundo e a nossa mente, mesmo articulando-se e envolvida em uma intelectualidade um pouco mais elevada, não consegue atingir esse poder criativo.

As formas, como tudo isto se faz, os enlaces de todas as naturezas com essa Criação, os propósitos, os caminhos que cada estrutura e natureza se dispõem a vivenciar, a prosseguir nos mínimos microscópicos elementos que agem com sabedoria, que contaminam os corpos e as naturezas, sabiamente, que penetram, edificam, que se duplicam construindo uma envergadura fantástica, sendo que cada envergadura, cada estrutura compõe um campo vivencial, nos surgem numa visão além de nossas conjecturas e percepções.

Algumas estruturas fornecem alimentos a outras estruturas; naturezas abastecem naturezas; alguns elementos da natureza fazem parte de uma estrutura material densa; outros, em uma leveza maior e outros tantos, a embelezar, a compor os campos de alimentação da humanidade.

A Criação, o Criador, o Deus, a Energia Possante, que denominamos por Deus, porque foge a nós uma nomenclatura mais própria, mas esta engloba uma Divindade Suprema, Justa, Poderosa, Onipresente, Onipotente, tudo isso, amigos, nos favorece a vida, o crescimento, o nosso desenvolvimento em busca de um burilamento mais perfeito.

Irmãos, uma Perfeição nos coloca em livre arbitramento! Nós, obras, a nos tornarmos perfeitos, mas a deixar em nossas mãos a sequência deste crescimento, deste trabalho de elaboração de evolução espiritual e humana!

O quanto temos que agradecer ao Criador, a Deus! Hoje, acho que em muitos momentos da vivência na esfera, os homens se esquecem desta oferta fabulosa; viveram e vivem ainda distantes desta percepção, apenas vivem. Alguns, distantes do que seja o sentido de uma vida; outros, mais já conscientes, sentindo em si e no seu viver que algo lhes modula a caminhada, que existe algo mais, mas por vezes, esse pensar neste algo mais é impróprio, cansativo e irá despender estudo, horas, e o homem, hoje, quer o presente, quer fazer, ter, possuir, angariar e aproveitar. Esquece que tem muito, bastante, mas quer mais, quer ultrapassar o tempo, o som, o espaço, quer ultrapassar os limites que lhe cabem como ser ainda primário.

Não, irmãos! Olhemos esta grandiosidade! Penetremos nela! Nós somos eternos! Vamos conviver com este Criador, com este Deus, com esta Energia eternamente. E no percurso dos milênios, dos séculos iremos aprender o valor do Criador, o valor desta vivenciação toda, desta construção perfeita, imensurável, maravilhosa.

Nós, como naturezas infinitas, com todas essas estruturas a nos alimentarem, a se alimentarem entre si, a crescerem e surgirem nos palcos universais com mais beleza e claridade!

Que fartura! Que beleza! Aliemo-nos, irmãos, a essa grandiosidade, porque pertencemos a ela. Unamo-nos e busquemos essa força que existe ao nosso redor, que vem a nós, constantemente, e que, por falta de percepção, muitas vezes, as dispensamos.

Busquemos esta fartura todos os dias, fornecendo o que de melhor temos em nós, propiciando, também, a nós o abastecimento do ar, da terra, ao Espírito, esta troca com todas as naturezas que nos envolvem em similaridade de estrutura ou não, e não nos esqueçamos de que nós somos naturezas pensantes e numa condição de exercer a razão e o raciocínio, a lógica e a sensibilidade.

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