A Padroeira do Brasil!

13/10/2016 12:00

Em 2017 o mundo viverá dois belos momentos: 300 anos de Nossa Senhora da Conceição aparecida nas águas do Brasil no Rio Paraíba do Sul em 1717 (e os 100 anos das aparições em Fátima, Portugal. (1917) História de amor e fé. Foi acolhida pela malha rendilhada faltando à cabeça e um prodígio fez com que os três pescadores jogassem mais uma vez a rede e pronto, a imagem estava completa. Era tosca sem os contornos imaginários de perfeição e leveza. Apenas 36 centímetros! Ali ela realizara o primeiro milagre: se até então não havia pescado um só peixe, daquele momento em diante foram tantos nos fazendo lembrar a barca dos Apóstolos. Tempo em que não havia o Cristo Redentor uma das maravilhas do Mundo, nem se falava no futebol e nada de carnaval. A imagem negra seja pela água escurecida na lama serviu de sinal a nos acenar pela igualdade entre o sofrido povo escravizado que predominava no País.

 Os pescadores, familiares e vizinhos ás escondidas iniciaram as ladainhas e procissões já que havia certa resistência em não permitir a devoção. Aparecida a cada momento dava um sinal de sua intercessão à misericórdia Divina, ora curando a visão da menina, acendendo as velas, quebrando os grilhões do pobre escravo, a recuperação da saúde do corpo, alma e restabelecendo a paz a tantos que a ela acorriam. A messe continua hoje a pedir a  intercessão da doce Mãe ao Filho Jesus Cristo. Aos poucos a Imagem foi construindo a identidade do povo brasileiro e o Caminho Real, Guaratinguetá, São Paulo e região foi conquistando o prestígio que tomou conta do universo. E os romeiros foram chegando, a pequena igrejinha se transformou em construção mais arrojada e hoje a Basílica Nacional, depois do Vaticano, é a maior do mundo. Assim nasceu a Cidade de Aparecida, o Arcebispado e o magnífico Santuário. É uma beleza estar em Aparecida. Milhares de ônibus, automóveis, gente a pé, bicicleta ou na boleia dos caminhões. 

Hospedam-se em hotéis, barracas ou casas. A sala dos milagres guarda todas as partes do corpo humano representado em imagem de cera, vestidos de noiva, bolas de futebol e as mais diversas manifestações de gratidão à mãe de Deus e nossa. As filas intermináveis ao nicho onde se contempla a pequena imagem que recebeu dos devotos o manto de rainha e a coroa de ouro da Princesa Isabel.  Um contraste ante a simplicidade da Mãe. Recebeu duas Rosas de Ouro, uma de SS. Paulo VI e a segunda de SS. Bento XVI. Sempre rezamos na Casa da mãe, mas, em 2012 vivemos raro momento. Acompanhamos Renato e Célio em orações e Ação de Graças. Eram dezenas de romeiros e diversos eram os motivos que os levavam ao templo. Uns celebravam as bodas de diamantes, ouro, prata, Congregações Religiosas nacionais e internacionais, enfim, incontáveis motivos a agradecer.  Pedi mais essa graça foi quando o responsável pela procissão de entrada me disse que eu aguardasse próximo à escada que ele me chamaria. E a Basílica superlotada e por mais estivesse tomado de esperança achei difícil me localizar àquela altura. Eram cerca de 100.000 fiéis no interior e exterior da nave. No entanto, para minha surpresa avistei a procissão formada e ele foi ao meu encontro a me chamar. Conduzimos Renato e Célio ao lado da Sagrada Imagem e rumamos ao altar e fomos convidados para ficar ali durante toda a Eucaristia. Haja emoção dos filhos ao receber o abraço e o amor da Mãe Aparecida tão pequena e frágil, qual Hóstia Consagrada, que simboliza o Brasil e o belo amor.

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