A responsabilidade de prefeito
Como lembrava o velho Dr. Tancredo, política é como nuvem, a cada momento muda de lugar.
O vendaval com que o candidato capitão Bolsonaro e seu desconhecido partido varreram o Brasil, não é novo. Lembram-se do PRN do então novidade Collor de Mello? Pois é, deu no que deu.
Vamos aguardar o segundo turno, se possível os debates, e torcer, sinceramente que o próximo presidente tenha respaldo, aí assim, do povo para as mudanças que o país precisa, como novas leis para punir os ladrões do colarinho branco (o Congresso está bastante renovado), tolerância zero para os maus costumes de alguns políticos, e investimento total em educação para nossas crianças e jovens, com escolas técnicas por todo o país.
Não se deve esquecer do Plano Cruzado, de José Sarney, que elegeu 99% dos governadores e políticos da época, depois, deu no que deu.
Mas, quero me ater à nossa querida cidade de Petrópolis, tão sofrida politicamente nos últimos meses – e ainda não se sabe como vai ficar o final dessa história. Com a leitura de todos os dados das eleições em nossa Tribuna, aliás, mais uma vez, dando show de cobertura, constatamos que o maior líder da cidade em votação, em eleições regional e federal é o prefeito Bernardo Rossi, que teve em Petrópolis, no seu último mandato de deputado estadual, mais de 55 mil votos. Isto sim é liderança. Até que a nuvem mude de lugar. Por enquanto, a liderança com folga ainda é dele.
No primeiro dia após as últimas eleições municipais, não importa quem votou em quem, cada um tem o seu, disse aqui, nesse mesmo espaço da Tribuna que dali para frente, o Bernardo Rossi seria o prefeito de todos nós, e teria quatro anos, para reafirmar sua liderança e carreira política, pois é jovem e trabalhador.
Faltam dois anos para o término do seu mandato e Petrópolis ainda espera muito do político mais votado em Petrópolis. Só depende de ele reformular o seu secretariado e constatar que seus adversários ainda se mantêm forte, mais pela incapacidade dentro do seu próprio governo.
A lamentar, que Petrópolis não elegeu “de fato“ ninguém, pois os que foram eleitos e com domicílio aqui, não tiveram votos sequer para qualquer suplência, no estado ou em Brasília. Uma pena que a cidade não se una e eleja até três deputados estaduais, dois ou três federais, com votos daqui, para que pudessem ajudar a nossa cidade, que precisa tanto de Brasília e do Estado, e não como hoje, que vivemos das esmolas das ditas ‘‘emendas parlamentares”. É muito pouco. Petrópolis, mais uma vez, sai perdendo.