A Santíssima Trindade: Razão ou Revelação?

27/fev 08:00
Por Fernando Costa

Li mais de uma vez e com muito gosto a obra “A Santíssima Trindade: Razão ou Revelação?”, da lavra do Reverendíssimo Pastor Eduardo José Noel, integrante da Missão Evangélica Filadélfia (M.E.F.), teólogo, professor universitário, poliglota, técnico judiciário, (TRT-RJ-Primeira Região) dentre outros a aureolar sua rica biografia.

Em perfunctória síntese uno-me aos incontáveis aplausos ao acurado trabalho de pesquisa cuja bibliografia está elencada à folha 105, sobretudo, as Sagradas Escrituras e as luzes, o notável saber, sensibilidade, beleza vernácula, retórica e erudita emolduram o livro, encantam e renovam a fé daqueles privilegiados ao Pão e à Palavra oriundas do ourives cuja mensagem impregna as almas e não se corroem pelo tempo, azinhavre ou a ferrugem.

Em vosso pastoreio e ministério eclesiástico prosseguirá a exaltar o mistério da Santíssima Trindade e a nos presentear com revelações divinas, bem assim, o aprofundamento na doxologia, epiclese e escatologia.

Sabemos nós, operários no exercício da liturgia diária que a doutrina da maioria das igrejas cristãs estabelece a existência de apenas um Deus em três pessoas. Apesar de distintos na sua relação de origem (conforme declaração nº 4 – Concílio de Latrão) “é o Pai que gera, o filho que é gerado  e o Espírito Santo que realiza.”

São considerados como um todo, coiguais, coeternos e consubstanciais e “cada um é Deus, iguais e eternos.

Todas as coisas são a três, do Pai através do Filho e no Espirito Santo.”

Em Niceia e Constantinopla  foram realizados concílios a fim de se firmar um consenso sobre a natureza divina de Jesus Cristo.(360-362-381)

Desde crianças na igreja e escola dominical aprendemos: “há um só Deus em três pessoas realmente distintas” e “Deus é um Espírito perfeitíssimo, eterno, criador do céu e da terra.”

Três pessoas, substância, essência e natureza Divina e o próprio Jesus Cristo nos revelou este mistério.

Os mestres da Patrística, principalmente da Antioquia e incontáveis luminares da  exegese e da hermenêutica desde o limiar do cristianismo se debruçaram sobre esse estudo e o fazem nos tempos hodiernos por intermédio dos ilustres teólogos e evangelistas ornados das virtudes e da obra eclesial.

Santo Tomás de Aquino pontificou: “a Santíssima Trindade é o mistério de Deus em si mesmo.

É um mistério em sentido estrito. Não pode ser provado por argumentos racionais e depende exclusivamente da revelação de Deus e, acima de tudo da Encarnação do filho, de sua vida na carne e do Espírito Santo.

Santo Agostinho, bispo de Hipona nos séculos IV e V, afirmou que “há três pessoas na Trindade e uma só essência e um só Deus.”

A produção da lavra do Pastor Eduardo José Noel me reporta a Gênesis 1:1-2, 6 – “No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas.”, igualmente, ao Batismo de Jesus “Logo que foi batizado, Jesus saiu da água. O céu se abriu, e Jesus viu o Espírito de Deus descer como uma pomba e pousar sobre ele. E do céu veio uma voz, que disse: – Este é o meu filho querido, que me dá muita alegria!”  Do escrínio de meu coração revivo “São Jerônimo, o tradutor da bíblia do hebraico e grego para o latim. Da mesma forma que autores sagrados foram inspirados por Deus para escreverem os livros originais, com certeza São Jerônimo foi inspirado por Deus e iluminado pelo Espírito Santo para traduzir os livros da bíblia para o latim.” Disse Jesus: “Ide pelo mundo e pregai o evangelho a toda criatura. (Mc, 16, 15). Quem crer e for batizado será salvo, mas, quem não crer será condenado. Maravilha, correto. Ordem e missão. Gosto de meditar e aprender ao refletir em Atos 2, 37-47 e, também, em Gálatas 6,14.

Em breve oportunidade se a mim permitido for, estarei presente à assembleia na qual Vossa Excelência fará uso da mensagem e me sentirei em Jerusalém, pois só quando estamos unidos é que o Espírito Santo vem.

Ao concluir, longe da pretensão de um parecer; valho-me de Clemente de Alexandria ao mandar imprimir em suas sandálias vocábulos de amor e paz para deixar sua marca por onde transitasse, assim é o ilustre Pastor e escritor; por onde passa deixa um rastro de luz. Tenho certeza, não é por presunção, pois, “Soli Deo honor et gloria”.

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