A Tribuna de Petrópolis pelos olhos de quem a faz
Assim como uma cidade é feita de sua gente, a Tribuna de Petrópolis é feita de pessoas que ajudaram a construir a sua história. Não foram poucas e ainda não são. Em comemoração aos 120 anos deste estimado jornal, acompanhe algumas histórias memoráveis de gente como eu e você, pessoas comuns, que fazem toda a diferença nas páginas dessa longa jornada de sucesso e transformação.
Rosineia Gonçalves ou Neia, como gosta de ser chamada, é o rosto já conhecido do balcão da Tribuna de Petrópolis. Recepcionista no jornal desde que tinha 18 anos, Neia morava em Pedro do Rio, quando soube da vaga para recepcionista. “Vir para cá [para o Centro de Petrópolis] era algo muito raro, porque eu morava em Pedro do Rio. Um dia soube por uma amiga que a Tribuna estava precisando de uma recepcionista. Naquela época não tinha currículo, era uma ficha que tínhamos que preencher. Dois dias depois me ligaram dizendo que a vaga era minha.”, conta.
A colaboradora relembra, com humor, de como os classificados eram recebidos há algumas décadas. “Recebia os anúncios em papel escrito à mão; papel de pão, cigarro…colocava uma numeração, chamada de retranca, e esse papel ia para o setor de digitação. Depois, para a montagem da página. Um por um. Em 1995, nós mesmos começamos a receber e a digitar os anúncios.”, conta.
Questionada sobre o que enxerga de mais bonito em sua profissão, Neia não esconde a realização pessoal. “Nesses 32 anos à frente dos classificados, fazendo amizades, me sinto realizada fazendo o que gosto fazer. Gosto de interagir e sou uma ótima ouvinte [risos]. Às vezes a pessoa só precisa ser ouvida. Isso me faz bem, saber que eu consegui mudar o dia de alguém através do meu trabalho. Me sinto parte da Tribuna, do seu crescimento e das suas mudanças.”, diz.
Atualmente, Neia recebe os anúncios, currículos e oportunidades, que vão para o site, mas também atende a todos que chegam no balcão – independente da razão e sempre com um sorriso. “Além dos anúncios online, temos aqui no balcão o Clube do Livro. Desde a pandemia, ele ganhou força. Quem chega para deixar um livro e pegar outro, troca conhecimentos e experiências. Lembro de uma senhora que relatou que estava passando por um processo depressivo e que vir aqui [no balcão], pegar livros comigo, ajudava ela a se sentir melhor. Uma outra, vinha aqui todos os dias para pegar um livro diferente. O propósito dela era ler a maior quantidade possível de livros em um mês. O jornal impresso acabou, mas o hábito da leitura e dessa troca com a Tribuna não…”, conclui.
Cristiane Stadler, gerente de informática, entrou para a Tribuna em 2001. Aos 25 anos, ela trabalhava com o fotolito digital (filme transparente), que servia como matriz para impressão de materiais gráficos. Uma espécie de mídia intermediária entre a finalização (arte final) e o impresso, geralmente em offset.
“Hoje tenho 45 anos. Comecei muito nova, aos 25, vindo de outro jornal. Minha vida inteira trabalhei na imprensa. Comecei como digitadora. Depois, fui diagramadora, na área de fotolito digital, e também tive a oportunidade de aprender a desenvolver sites. Mais tarde, passei a ser gerente de TI.”, conta.
Questionada sobre o que enxerga de mais bonito nesse caminho percorrido até aqui, ela conta que é o aprendizado contínuo. “O aprendizado da profissão, desde o início, passando por todos os setores e convivendo com diversas pessoas, me ensinaram muito. Vivi de perto a emoção de trabalhar dentro de uma grande redação e de participar da confecção de um jornal que tinha muitas páginas, bem como os classificados. Além disso, vivi a experiência da modernidade – desde o fotolito até as gravações de chapa e, hoje, tudo o que acontece no digital.”, diz.
Pergunto à Cristiane como é ver a Tribuna celebrar 120 anos. “É uma experiência de vida! É maravilhoso um jornal que se manteve atual durante todos esses anos, se adaptando às tecnologias e à modernidade. ”, conclui.
Claudia Queiroz é colaboradora da Tribuna de Petrópolis há 22 anos. Ela começou comercializando espaço publicitário no jornal impresso. Após alguns anos assumiu o cargo de gerente comercial na Rádio Tribuna FM. Em 2011, surgiu outro desafio. Cláudia foi chamada para assumir o cargo de gerente comercial no impresso.
“Ver o meu nome impresso no expediente de um veículo de comunicação tão importante me proporcionou muito orgulho e muita responsabilidade também. Foram 9 anos à frente do departamento comercial do jornal impresso. Em 2020, a Tribuna impressa encerrou a sua circulação, seguindo uma tendência mundial. Atualmente sou responsável pelo departamento comercial da Rádio Tribuna FM, Site Tribuna e das redes sociais.”
Questionada sobre como foi acompanhar as mudanças, tanto do Jornal quanto da Rádio, ela é enfática. “As mudanças foram muitas, não só para a Tribuna de Petrópolis, mas para todo o mercado publicitário. Todos tivemos que nos reinventar, e tenho certeza de que estamos no caminho certo, prezando sempre pelos nossos leitores e anunciantes.”, conta.
Durante 22 anos, Cláudia participou de projetos importantes e memoráveis para os petropolitanos. Edições como ‘A virada do milênio’, ‘Brasil 500 anos’, além de edições de aniversário da cidade, 100 anos da Tribuna, Revista Casa e Campo, além da Revista Tribuna Festas, foram alguns deles.
A responsável pelo departamento comercial ainda destaca uma palavra que resume bem o compromisso da Tribuna de Petrópolis com a credibilidade. “Hoje o nosso site e as nossas redes sociais continuam levando aos leitores notícias com a seriedade e credibilidade de sempre. A Rádio Tribuna FM passou por várias transformações também, todas benéficas. Nosso alcance aumentou muito. A nossa emissora tem uma excelente audiência, não só na cidade de Petrópolis como em outras regiões. Vejo a Tribuna como uma guerreira que resistiu a tantos acontecimentos. Um orgulho para os petropolitanos.”, conclui.
Fabiana Muniz, por sua vez, entrou para a equipe da Tribuna de Petrópolis aos 21 anos. Responsável pela área administrativa e financeira do Grupo Tribuna, ela relembra como tudo começou. “Era uma jovem com muitos sonhos, queria me realizar profissionalmente, casar, ter filhos. Hoje, após 23 anos, consegui realizar muitos desses sonhos. A Tribuna é minha segunda casa.”, conta.
Questionada sobre como é para ela ver o jornal celebrando 120 anos, Fabiana não esconde sua admiração. “Foi por meio da Tribuna que a sociedade petropolitana tomou conhecimento sobre tudo o que ocorria e ainda ocorre na cidade, no Brasil e no mundo. Acredito que a Tribuna contribuiu para que muitos profissionais estivessem onde estão hoje.”, conclui.
Guilherme Pister, gerente de marketing, conta que sua relação com a Tribuna de Petrópolis começou na infância. “Tenho uma longa relação com essa empresa, desde quando desenhava no caderno Tribuninha e meus avós compravam o jornal nas bancas aos domingos. Além disso, o meu avô paterno já trabalhou na Sumaúma, extinta gráfica do grupo.”, conta.
Guilherme trabalha na Tribuna há 10 anos. Questionado sobre como é ver o jornal celebrando 120 anos, ele não economiza elogios. “As empresas com mais de cem anos de atividade representam uma parcela muito pequena no Brasil. Afinal, lidar com todas as crises e mudanças, certamente, não é tarefa fácil. A boa gestão empresarial foi decisiva para que o Grupo Tribuna crescesse e chegasse até aqui. Ao mesmo tempo, acompanhar o avanço e desenvolvimento da sociedade, além de se adequar às transformações tecnológicas, foi a chave determinante de todo seu sucesso.”, conta.
Sobre como foi acompanhar as mudanças, principalmente para o meio digital, o gerente de marketing menciona que tanto o jornal quanto a rádio são poderosas ferramentas na difusão de informações. “Esses veículos vêm sofrendo diversas transformações ao longo da evolução da sociedade, encurtando cada vez mais as distâncias entre os povos e acelerando a disseminação de informações. Além disso, a cada dia, a sociedade transforma sua maneira de se comunicar, enviando informações e trocando dados instantaneamente. Com as mudanças realizadas, a Tribuna continua fazendo parte do cotidiano das pessoas não só em Petrópolis, mas no Brasil e no mundo, já que o jornal online alcança todos os continentes.”, conclui.