Ação humana é responsável por 96% dos casos de incêndios florestais em Petrópolis, diz 15° GBM

04/06/2019 13:35

Dos 876 focos de incêndios florestais registrados pelo 15º Grupamento de Bombeiros Militar nos últimos três anos, 96,11% tiveram como causa provável a ação humana. São incêndios que ocorreram em área urbana e que poderiam ser evitados. Para o comandante do 15º GBM, tenente-coronel Gil Kempers, é necessário que seja feito um trabalho preventivo e mitigador para reduzir os incêndios florestais em Petrópolis e na região. 

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Os dados do levantamento foram feitos a partir da análise dos registros de incêndio florestal e fogo em vegetação nas três áreas de operação do Corpo de Bombeiros – o 15º GBM (que atende o primeiro e o segundo distrito), o DBM 1/15 (Três Rios) e o 2/15 DBM (Itaipava e distritos). O período levantado é entre 2016 e 2018, na temporada de incêndios florestais que vai de maio ao fim de setembro. 

Segundo o levantamento, do total, 852 ocorrências são de áreas não protegidas – urbanas e que tem a maior ocupação do solo. Os incêndios florestais têm causas diretas com diversos desastres que a cidade pode sofre. Estudos comprovam que a destruição das florestas altera o microclima local, interferindo nas temperaturas extremas, alterando o ecossistema, trazendo para a cidade animais buscando refugio, tais como macacos, insetos e outros vetores portadores de doenças, como explica o Comandante do 15º GBM

“A diminuição das florestas provoca um empobrecimento do solo, aumentando o grau de erosão e provocando posteriormente escorregamentos e desastres naturais, tendo em vista a falta da cobertura vegetal no solo, modificando a velocidade de percolação do solo (quantidade de água absorvida pela chuva) e a tensão em função da ausência das árvores e vegetação”, completou. 

Estão programadas ações preventivas e educativas para tentar reduzir estes números. Estão sendo levantadas comunidades e localidades onde há grande incidência de incêndios florestais para a implantação do projeto NACIF (Núcleo Avançado de Combate a Incêndios Florestais). Serão treinados voluntários nas comunidades para um primeiro combate e resposta às ocorrências de incêndios florestais nas comunidades. 

Também será realizada mais uma operação ABAFA III, em conjunto com o Ministério Público, Polícia Militar, Polícia Civil e demais órgãos. Segundo o Comandante, a operação consiste em notificar previamente as localidades onde ocorrem incêndios florestais com maior incidência, de acordo com a estatística do 15º GBM. Na ação caso um cidadão seja surpreendido colocando fogo em lixeiras, entulho ou qualquer outra coisa, será conduzido à Delegacia de Polícia e vai responder por esse crime. O que é chamado de notificação prévia de incêndio. 

“Também está sendo elaborado um plano interno para gestão dos recursos e efetivo para planejar as ações de combate a incêndio florestal. Tendo em vista a grande quantidade de ocorrências, o que demanda material e pessoal para essa ação”, completou o comandante.

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