Acusados de assassinar alpinistas são condenados pela justiça
Depois de seis horas de julgamento, os dois acusados de assassinar o alpinista petropolitano Ulisses da Costa Cancela, morto em 2015, ao errar o caminho para Petrópolis e entrar em uma comunidade de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foram condenados a 48 e 45 anos de prisão. O júri popular aconteceu na última quarta-feira, no Fórum de Caxias. A defesa dos acusados ainda pode entrar com recurso.
A família de Ulisses acompanhou o julgamento e considerou que o resultado "fez justiça a morte do alpinista". "Só esperamos agora que não haja redução da pena, ainda mais porque eles tem agravantes com envolvimento em outros crimes como tráfico de drogas, por exemplo", disse a tia do rapaz, Rosana Portugal.
O caso ocorreu na noite de nove de maio de 2015, um sábado, véspera do dia das mães. Ulisses, a esposa tinham ido em uma festa na casa de um amigo, em Magé. Quando retornavam, ele errou o caminho da entrada de Imbariê, para pegar a Serra Velha da Estrela e acabou parando na Comunidade Vila Sapê.
Ao perceber que tinha feito o trajeto errado, o alpinista deu ré no carro momento em que começaram os tiros. Ele tentou escapar, mas acabou sendo atingido e bateu com o veículo no muro de uma casa. Alguns minutos após a colisão, moradores apareceram levaram as vítimas até a BR-040 em busca de socorro. Uma ambulância do Corpo de Bombeiros levou Ulisses para o Hospital Adão Pereira Nunes, em Caixas, mas o rapaz morreu logo após dar entrada na unidade.