Aeroporto fechado gera prejuízo de R$ 400 milhões por mês ao RS, diz vice-governador

21/jun 11:10
Por Mateus Cerqueira / Estadão

O fechamento do Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, está resultando em um prejuízo de R$ 400 milhões mensais ao Rio Grande do Sul, segundo o vice-governador do Estado, Gabriel Souza (MDB). “Aeroporto fechado significa um prejuízo em torno de R$ 400 milhões por mês, algo em torno de R$ 3 bilhões durante todo este ano se de fato se confirmar a continuidade do fechamento do aeroporto até dezembro. O que dá mais ou menos meio por cento PIB do Rio Grande do Sul”, estimou o emedebista à GloboNews.

Conforme explicou na entrevista, o impacto econômico do fechamento do Salgado Filho – principal aeroporto gaúcho – não se limita apenas aos números, mas também afeta diretamente a logística do Estado, o transporte de cargas, o turismo e os negócios, gerando transtornos significativos para a economia local. “É um prejuízo inestimável do ponto de vista de geração de emprego e renda”, disse ao emendar que não há um cálculo no momento sobre o custo total da reconstrução do Salgado Filho.

Contrato Fraport

Em relação à discussão entre governo federal e a Fraport, empresa que administra o Salgado Filho, Souza frisou que o “reequilíbrio do contrato” da concessão é a saída mais prática para amenizar eventuais prejuízos. “Seria algo em torno de R$ 300 milhões que a União Federal deveria recompor a Fraport. É muito mais caro deixar o aeroporto fechado do que, eventualmente, fazer algum aporte da União, até porque o aeroporto é da União”.

A observação do vice surge em meio aos trabalhos do governo Lula, liderado pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, de retomar as atividades do Aeroporto Salgado Filho e das especulações desmentidas pela própria Fraport – em carta à OAB-RS – de que a concessionária devolveria a concessão caso não receba recursos para reforma do terminal. O Salgado Filho foi concedido por 25 anos, contados de agosto de 2017. O contrato em curso é válido até 2042, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

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