Agência de saúde da Alemanha pede medidas drásticas para conter 3ª onda de covid

15/04/2021 15:14
Por Sofia Aguiar / Estadão

O diretor do Instituto Robert Koch (RKI), Lothar Wieler, agência de controle de doenças infecciosas da Alemanha, pediu medidas drásticas para conter a terceira onda de infecções por coronavírus. Segundo ele, os alemães precisam reduzir drasticamente o contato uns com os outros para limitar as contaminações. Em sua avaliação, a situação do país vai só piorar enquanto o vírus permanecer fora de controle.

De acordo com Wieler, a cepa do Reino Unido foi responsável por 90% das infecções da terceira onda. Mais pacientes necessitam de tratamento intensivo do que durante a segunda onda, que atingiu seu pico em janeiro, avaliou.

O RKI registrou mais de 29 mil novos casos nesta quinta-feira, 15. A maioria das pessoas infectadas estava na faixa etária de 15 a 49 anos, faixa etária diferente em comparação às duas primeiras ondas. Cada vez mais pessoas mais jovens estão sendo admitidas em UTIs e transferidas para hospitais com mais capacidade.

Apesar disso, o número de casos de pessoas com mais de 90 anos também está aumentando. As taxas de mortalidade se estabilizaram nas últimas duas ou três semanas, mas não diminuíram.

Wieler e o ministro da saúde alemão, Jens Spahn, disseram em uma coletiva de imprensa que apoiavam a proposta da chanceler Angela Merkel de um toque de recolher noturno para ajudar a conter a pandemia.

A França ultrapassou, nesta quinta-feira, a marca dos 100 mil mortos por covid-19, após registrar 300 óbitos nas últimas 24h, anunciaram autoridades sanitárias francesas. O país vive a terceira onda da pandemia e com restrições aplicadas em todo o território.

Hoje, a Tailândia reportou o quarto recorde diário de casos diários de covid-19 esta semana, com 1.543 novas infecções. Embora o país tenha até agora conseguido manter o número de casos relativamente contido em comparação a outras nações, o novo surto ocorre porque muitos viajaram durante os feriados do ano novo de Songkran no país e as taxas de vacinação ainda são baixas.

Questionado sobre se bloqueios seriam impostos, o ministro da Saúde Pública da Tailândia, Chawetsan Namwat, disse que as medidas estavam sendo formuladas com base nos números dos casos em cada área e seriam propostas à força-tarefa do coronavírus para aprovação na sexta-feira. “Temos de dividir as áreas com base na gravidade, que é diferente, e por isso as medidas têm que de adequadas para cada área”, disse Chawetsan.

Das novas infecções relatadas na quinta-feira, 409 foram em Bangcoc, o epicentro do surto. De acordo com a Universidade Johns Hopkins, o país totaliza mais de 37 mil infecções desde o início da pandemia.

Já na quarta-feira, 14, a Turquia registrou novos recorde, tanto de mortes quanto de casos contabilizados em 24 horas. Segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde, o país registrou 62.797 novos casos e 279 mortes por covid-19 no período.

Na terça-feira, 13, como mostrou o Broadcast, presidente turco, Tayyip Erdogan, anunciou várias novas restrições e um “fechamento parcial” para as primeiras duas semanas do mês sagrado islâmico do Ramadã para conter o aumento de casos.

A primeira-ministra da Escócia, Nicola Sturgeon, recebeu a primeira dose da vacina da AstraZeneca nesta quinta-feira. Em publicação no Twitter, Sturgeon disse estar “emocionada” e prestou homenagem à equipe do Serviço Nacional de Saúde (NHS, na sigla em inglês) envolvida na campanha de imunização.

Após a vacinação, a primeira-ministra ainda afirmou que ajudaria a reforçar a defesa do imunizante da AstraZeneca, que vem causando preocupações sobre alguns casos raros de coágulos sanguíneos.

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