10/03/2021 16:37
Por Joaquim Eloy dos Santos

Dia Internacional da Mulher, esta data, a mais importante do planeta Terra.

Primeiro, pelo amor infinito e respeitoso que devemos todos a ela.

Segundo, porque, ser biológico, natural, é a senhora da vida humana, o cofre da nossa perpetuidade, ao gerar em seu corpo cada ser humano em conjunção com o gênero irmão.

Terceiro, nenhuma discriminação de inferioridade que possa ser aceita pela simples condição de ser a mulher mais frágil fisicamente. Fragilidade física, o que vem a ser isto, se a vida tem encontrado recursos técnicos de reforço físico que ombreia os gêneros dessa enigmática esfera celeste?

Quarto, a inteligência lógica ditada pelo conhecimento científico que, na mulher, norteia e disciplina o comportamento de toda a sociedade humana, unida ao sentimento de justiça a ela inerente e às manifestações de amor, o sublime invólucro que molda e define o melhor da criatura humana. E este melhor, é a mulher.

Quinto, é ela que formata aquele programasinho que se agita e chora no berço, implorando por atenção e amparo para não se perder nos intrincados labirintos que se bifurcam vida adiante.

Sexto, importância maior e sublime, a maternidade, desde o momento do nascimento quanto do primeiro aperto do pequeno ser junto ao peito, a mulher assume o desafio de encaminhar o filho amado, no dever do melhor, para que ele conquiste o mérito da vida útil.

Sétimo, a mulher diante do homem, igual, idêntica na mesma missão, ambos os seres mais inteligentes do complexo da vida terrena, por simbiose perfeita em um único e indivisível corpo, de compromisso igual em favor da humanidade.

E poderia enumerar outras mais dezenas dosmelhores atributos e qualidades da mulher, porém não vejo necessidade, conquanto o homem que respeita e ama verdadeiramente a mulher e sua missão, sabe do mútuo compromisso do casal para a conquista da felicidade pessoal e social.

Encerro o artigo com uma caracterização da mulher, em texto de formatação poética, humorístico, que entendo mostra a nossa sociedade ainda vacilante no compreender da missão da sociedade humana no Planeta. O poema consta do livro “Eterna Vida”, poesias, que editei no ano de 2019:

“A MULHER DE RAIMUNDO

            Mulher?! Odeio! – dizia Raimundo – / Por pura defesa e instinto de medo. / – Por que Raimundo, esse ódio do mundo? / Você, sem mulher, vai morrer bem mais cedo.

            Prefiro partir bem ouvindo e não surdo; / As mulheres só falam, só gritam, não param; / Não param para ouvir! Um total absurdo, falam sozinhas! … Sozinhas disparam!

            – Nem bem assim e assim também não é; / Ah, Raimundo, e a beleza inspiradora? / E, Raimundo, e a beleza da mulher?

            – Bem, tirando isso, a mulher é … castradora. / Não dá você, ao lado dela, nenhum passo, / Está ela ali, mandando e ditadora; / Mantém você no cabresto, preso ao laço.

            -Mas, Raimundo, pensa firme, olha o entorno; / Mas nem todas são assim, e são tão lindas! / – Pode ser, mas não se esqueça, eu sou corno, / Minha mulher pinta e borda em todas tintas!

            – Culpa de quem usa mal o seu pincel! / É que você não conhece a Matilda / E o dom que ela tem do escarcéu!

            – Tá bom, Raimundo, tolo insatisfeito… / Puxa, o que não falta é mulher no mundo, / Procura aquela com menos defeito, / Troca a mulher e viva bem, Raimundo!

            – Mas eu não posso, eu sou um desgraçado; ; Eu amo essa mulher, ela me ama… / Feliz ou infeliz sou apaixonado… / – Já vou amor! Ouviu? Ela me chama!“

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