Agrônoma chama a atenção para cuidado com a natureza: é preciso evitar queimadas

05/06/2021 11:21
Por Redação / Tribuna de Petrópolis

Com a queda das temperaturas diante do outono e inverno, um problema constante surge em áreas de vegetação. As queimadas, registradas em grande volume na Região Serrana, consomem grandes regiões de mata, prejudicando espécies e trazendo complicações para a sociedade, como problemas respiratórios, causados pela poluição do ar. Em 2020, foram diversos os registros de incêndios florestais, que trouxeram prejuízos para regiões como a Rebio Araras, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Taquaril, dentre outros.

Segundo a Engenheira Agrônoma, Carolina Rodrigues, apesar de ser uma prática comum para a limpeza de terrenos de forma econômica e rápida, atear fogo em áreas de vegetação é crime ambiental. A prática ainda pode causar prejuízos para a natureza, destruindo nascentes e abrigos de animais. “Verificamos maior índice de incêndios no outono principalmente pela redução brusca de chuvas e o ar seco. O solo também perde a umidade, com folhas secas aumentando o risco de focos. A prática elimina microrganismos benéficos, destroem nascentes e habitats naturais, poluem o meio ambiente e causam problemas de saúde, já que têm grande concentração de CO² trazendo variadas doenças de trato respiratório”, explica.

A especialista detalha que neste período, qualquer cuidado é pouco e pequenas fagulhas podem causar incêndios de grande proporção. Por isso, é importante evitar alguns hábitos como fazer fogueiras próximo a vegetações, queimar folhas em quintais, soltura de balões, além de jogar guimbas de cigarros em áreas abertas como estradas e mata. “Existem práticas de manejo para diminuir o risco de incêndios como por exemplo a realização de aceiros que são faixas ao longo do terreno ou próximas ao limite da área onde a vegetação é retirada através de raspagem do solo ou capina limitando o fogo não deixando se alastrar para o outro lado. Outra boa dica é fazer uma composteira no quintal, para que as folhas e resíduos, se transformem em adubo”, detalha.

Para recuperar áreas degradadas, uma alternativa é o reflorestamento, que tem grande importância para recuperação do meio ambiente. O trabalho tem como objetivo revitalizar e reparar um determinado local, que, anteriormente, se encontrava em uma situação ambiental equilibrada, mas foi prejudicado por ação humana.

“Plantar árvores é plantar vida, é plantar água, é plantar o futuro. Com o reflorestamento ocorre a recomposição florestal com espécies nativas da região, objetivando a recuperação da flora no local, propiciando assim um ambiente saudável de interação entre ambiente nativo e o ambiente urbano, bem como a fauna e flora endêmica de forma a restabelecer as relações ecológicas existentes antes da degradação ocorrida no ambiente. Além disso, o projeto evita o agravamento de processos erosivos do solo, evitando o deslizamento da terra e desmoronamento de taludes que prejudica os corpos hídricos da região”, explica Carolina.

O trabalho é realizado através de estudos topográficos, análise de solo e vegetação nativa do entorno, além do estudo de espécies corretas para o local, com origem e tamanho das mudas, respeitando o espaçamento, para o futuro manejo e manutenção. “Na minha opinião toda área que já foi berço de uma vegetação ou que possui um solo onde podemos dar condições de crescimento com adubação e manejo correto. Essa técnica aumenta a biodiversidade, melhora a vazão de mananciais hídricos, dentre tantos outros benefícios para nós humanos e a natureza”, pontua a Engenheira Agrônoma.

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