Alckmin: Governo vai cumprir arcabouço; rigor fiscal é social, não é economicista

12/ago 17:58
Por Eduardo Laguna e Matheus de Souza / Estadão

O vice-presidente Geraldo Alckmin voltou a assegurar nesta segunda-feira, 12, que o governo vai cumprir o arcabouço fiscal, e frisou que o rigor com as contas públicas é “social, não é economicista”.

“Com rigor fiscal, vamos ter mais investimento e mais emprego, vamos ter menor inflação e melhor renda da população”, disse Alckmin durante participação no Warren Institutional Day, evento da Warren Investimentos na capital paulista.

O vice-presidente observou que a inflação, que é pressionada quando falta responsabilidade com as contas públicas, não é socialmente neutra, uma vez que seus efeitos mais perversos se dão na população de menor renda.

Chefe do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Alckmin também aproveitou o evento para fazer um balanço das políticas voltadas ao crescimento da indústria, setor que, segundo ele, vai fazer diferença no Produto Interno Bruto (PIB) deste ano. “A indústria vai ajudar o PIB a dar uma melhorada. Estamos fazendo esforço grande para ajudar a indústria.”

Ao falar da abertura de novos mercados no exterior, Alckmin disse estar muito confiante na concretização do acordo do Mercosul com a União Europeia. Há, frisou, um “empenho de 24 horas” para a conclusão do acordo de comércio não apenas com a União Europeia, mas também com a Associação Europeia de Livre Comércio (Efta), bloco formado por Suíça, Noruega, Islândia e Liechtenstein.

Alckmin destacou também que a melhora da confiança de empresários, somada à queda da ociosidade na indústria, ajuda a antecipar investimentos. Nesse sentido, citou investimentos de R$ 130 bilhões, R$ 120 bilhões e R$ 100 bilhões anunciados, respectivamente, pelas indústrias de automóveis, de alimentos e do aço.

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