Alcolumbre defende Campos Neto e o chama de ‘amigo pessoal’ e ‘grande brasileiro’

17/jul 12:37
Por Gabriel Hirabahasi / Estadão

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), defendeu o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, a quem chamou de “amigo pessoal” e “grande brasileiro”. Também disse que o presidente do BC “tem nos ajudado muito a melhorar a vida dos brasileiros e do Estado”.

“Tenho acompanhado nos últimos meses o embate que a política econômica do Banco Central, sob liderança do Roberto Campos Neto, tem tido com a agenda de parte do governo. Nesse sentido, independente das questões ideológicas e partidárias, quero falar do cidadão e técnico Roberto Campos Neto, que é meu amigo pessoal. E quero fazer a defesa e reconhecer o papel relevante que ele tem à frente do Banco Central, em um ambiente em que qualquer presidente de Banco Central, em qualquer governo, é criticado muitas das vezes pelo próprio governo”, afirmou Alcolumbre.

Para o presidente da CCJ – e provável sucessor de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na presidência do Senado a partir do ano que vem -, Campos Neto “é um grande brasileiro que tem nos ajudado muito a melhorar a vida dos brasileiros e do Estado”.

As declarações de Alcolumbre foram motivadas por ataques contra Campos Neto durante a sessão da CCJ em que foi discutida a proposta de emenda à Constituição (PEC) de autonomia do Banco Central. O vice-líder do governo no Senado, Jorge Kajuru (PSB-GO), chamou o presidente do BC de “antibrasileiro” e “desprezível”.

“Enquanto estiver no Banco Central um antibrasileiro, um ser desprezível, como Roberto Campos Neto, eu não teria coragem de assinar autonomia nenhuma a ele”, afirmou.

“Uma coisa é você oferecer autonomia a um Banco Central que tenha um presidente que não age politicamente, que não trabalhe contra o Brasil, por odiar o presidente Lula. É algo pessoal, peçonhento, deste, repito, desprezível Roberto Campos Neto”, disse Kajuru.

A votação PEC acabou sendo adiada pela falta de acordo entre o governo e a oposição. As negociações devem ser retomadas no segundo semestre para que haja um entendimento que permita a análise do texto no colegiado.

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