Alerta: problemas na tireoide atingem 60% da população

01/06/2017 15:40

De acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), estima-se que 60% da população vá desenvolver nódulos na tireoide em algum momento da vida. Porém, isso não significa que eles serão malignos, apenas 5% dos casos poderão se tornar cancerígenos. De acordo com a endocrinologista Cristiane Couto, da Clínica Harmonia Hormonal, as disfunções tireoidianas ocorrem principalmente por aumento ou diminuição hormonal, levando ao hipo ou hipertireoidismo. Estas patologias resultam no desequilíbrio metabólico, e podem causar desde desconfortos até problemas de saúde mais graves. 

Entre os sintomas apresentados pelo hipotireoidismo, por exemplo, estão: o aumento do colesterol, gordura abdominal e visceral, queda de cabelo, unhas quebradiças, constipação, e elevação do risco cardiovascular. A professora Camila Alves, de 38 anos, sentia alguns desses problemas, principalmente cansaço extremo, dores no corpo e queda de cabelo. Ela foi diagnosticada com hipotireoidismo após avaliação laboratorial com a endocrinologista Cristiane Couto, da clínica Harmonia Hormonal, e depois de iniciar o tratamento adequado Camila não apresentou mais nenhum os sintomas.

“O hipotireoidismo primário se caracteriza pela diminuição da produção e secreção dos hormônios tireoidianos. Afeta mais as mulheres do que homens e se torna mais frequente com o avançar da idade. A principal causa é a doença de Hashimoto – que produz anticorpos que destroem a glândula tireoidiana-, mas outros problemas também podem levar ao desenvolvimento da doença”, explicou Cristiane Couto.

A tireoide é uma glândula endócrina localizada na região anterior da região cervical. Sua função é controlada pela hipófise, uma pequena glândula localizada na base do cérebro que produz o TSH -hormônio que estimula a produção de outros hormônios na tireoide, como: a triiodotironina e a tiroxina, conhecidos como T3 e T4, respectivamente. Estes hormônios circulam na corrente sanguínea atingindo todas as células, e são responsáveis por regular o metabolismo corporal.

Já no hipertireoidismo há uma produção excessiva de hormônios tireoidianos. É mais comum em mulheres com idade entre 20 a 40 anos, mas os homens também podem ter essa condição. Se não tratado, o hipertireoidismo pode levar a outros problemas de saúde, como osteoporose, doenças cardíacas e emagrecimento. “Todas as patologias tireoidianas possuem um forte componente genético. Então se já há casos na família, o cuidado deve ser redobrado. Boa parte das pacientes que procuram atendimento por aumento inexplicado de peso corporal, possuem distúrbio tireoidiano”, alertou a endocrinologista.

Eliana Cardoso, de 44 anos, também procurou o auxílio de Cristiane Couto, e após uma série de exames foi diagnosticada com carcinoma papilífero de tireoide. A doença foi descoberta devido a um nódulo palpável durante a avaliação com a endocrinologista. “Esse é um câncer com alto índice de cura. Após ser diagnosticada e tratada ela agora leva uma vida normal. Ainda é necessário que seja feito uso de hormônios tireoidianos, mas não há sinais de que a doença possa voltar”, disse satisfeita. 

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