Alimentos começam a reduzir a inflação

28/11/2016 10:30

A inflação – medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) fechou novembro com variação de 0,26%, o menor resultado do indicador para os meses de novembro desde a taxa de 0,23% de 2007. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Rio de Janeiro, e indicam que o resultado acumulado de janeiro a novembro é de 6,38%, bem abaixo dos 9,42% anotados em igual período do ano passado.

A alta dos preços dos alimentos, que, por algum tempo vinha pressionando a inflação para cima, agora contribui para que ela fique em patamar baixo. Mesmo fechando novembro com queda de pre- ços menos intensa do que em outubro, o grupo alimentação e bebidas acusou redução de valores em vários dos produtos considerados pelo IBGE como importantes na composição da cesta das famílias.

Os dados indicam que, com a inflação negativa de 0,06% em novembro, o IPCA- 15 já acumula nos últimos dois meses uma queda de 0,31 ponto percentual. Vários itens alimentícios se destacaram com a redução: feijão-carioca (-11,84%), feijão-mulatinho (-7,82%), tomate (-6,61%) e cenoura (-4,31%), todos vilões da inflação há pouco tempo, inclusive como demonstrou o jornal por meio da pesquisa de preço e há cerca de três meses esses produtos estão com os preços em baixa. 

O 11º Boletim Prohort de Comercialização de Hortigranjeiros nas Ceasas mostra que os preços de alface, tomate, cebola e cenoura registraram queda no mês de outubro nas principais centrais de abastecimento do país, o que influenciou os pre- ços baixos em novembro. Os valores da cenoura variaram entre R$ 0,70/quilo na Ceasa Campinas (SP) e R$ 1,50/ quilo em Recife (PE). Em Brasília, mesmo com alta de 7,64%, a hortaliça foi vendida a R$ 0,81/quilo. O mesmo aconteceu com a cebola em Curitiba que, apesar do aumento de 9,58%, continua com um dos menores preços entre os estados analisados: R$ 1,07 o quilo.

A alface ficou 46,29% mais barata em Campinas, comercializada a R$ 2,39/quilo. Em Brasília, o preço foi ainda menor, R$ 2,29/quilo, apesar do aumento de 37,58% em relação a setembro. Já o quilo do tomate ficou em R$ 2,00 em São Paulo, uma queda de 32,52%, e em R$ 2,94 em Brasília, aumento de 3,95%. Essa tendência diversificada.

Em Brasília, o preço foi ainda menor, R$ 2,29/quilo, apesar do aumento de 37,58% em relação a setembro. Já o quilo do tomate ficou em R$ 2,00 em São Paulo, uma queda de 32,52%, e em R$ 2,94 em Brasília, aumento de 3,95%. Essa tendência diversificada é explicada pelo fato da produção de ambas hortaliças ser influenciada pelas condições climáticas locais de cada região produtora.

A batata foi a única hortaliça que teve aumento de preços nas nove centrais de abastecimento analisadas devido à entressafra, quando há redução na oferta. A cotação ficou entre R$ 1,47 o quilo em Belo Horizonte e R$ 2,54/quilo em Recife. Dentre as hortaliças, destaque ainda para queda nos preços médios do espinafre (60%), alcachofra (50%), vagem (38%), chuchu (27%), pepino (23%) e jiló (18%).

Mamão e melancia ficaram mais baratos em oito das nove centrais de abastecimento analisadas. O preço da melancia variou de R$ 0,80/quilo em Recife a R$ 1,43/quilo no Rio de Janeiro. No caso do mamão, o menor preço praticado foi observado em Belo Horizonte (R$ 1,61/ quilo) e o maior em Brasília (R$ 2,99/ quilo), com quedas de 7,86% e 22,37%, respectivamente.

O preço da banana também caiu em seis das nove Ceasas. A maior redução foi em Vitória (8,74%), mas o menor preço foi registrado em Recife, onde a fruta foi vendida por R$ 0,98/ quilo. Outras frutas que registraram importante queda nos preços foram nectarina (63%), ameixa (59%), pêssego (58%), melão (40%), jabuticaba (34%) e caqui (23%).




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