Alunos da Universidade Federal Fluminense promovem trote solidário
Os alunos do curso de Engenharia de Produção da Universidade Federal Fluminense (UFF), campus Petrópolis, promoveram na manhã de hoje um trote solidário no Banco de Sangue do Hospital Santa Teresa. O estoque está próximo do nível crítico e a maior necessidade do momento é pelos tipos sanguíneos O positivo e O negativo. Para elevar o número de doações, começou no dia 18 deste mês a campanha dos times. A BotaSangue termina amanhã e os próximos torcedores que serão convocados serão os vascaínos.
A perspectiva de trotear os calouros têm uma nova proposta, de acordo com o Coordenador Geral do Diretório Acadêmico da UFF, Victor Mendes da Silva. A proposta foi feita pelo diretório e os 22 alunos que compareceram ao Banco de Sangue ontem foram receptivos à ideia. O curso conta com aproximadamente 75 alunos entre o primeiro e segundo período. “Muitos gostaram e outros têm medo. Deixamos clara a necessidade de contribuir e convidamos também os funcionários da Universidade”, conta.
Nas duas primeiras semanas de aula foram arrecadados ainda alimentos, materiais escolares e de higiene e roupas que serão posteriormente doadas a uma instituição de caridade. “Temos uma visão diferente do trote, não temos a prepotência de achar que eles são melhores ou piores que nós. Eles agregam conhecimentos ao meio, pois são de culturas diferentes. Principalmente por cursamos uma universidade pública e temos que impactar a comunidade de alguma forma e queremos fazer a diferença para Petrópolis”, disse Victor.
O captador de doadores, Alexandre Paladino, elogiou a ação dos estudantes e disse que a iniciativa é de extrema importância neste momento. “É importante esclarecer que uma doação salva quatro vidas. Estamos 15% abaixo do estoque mínimo e chegando ao nível crítico. A maior necessidade é dos tipos sanguíneos O positivo e O negativo”, afirma.
Para deixar o estoque de plaquetas com o nível adequado, Alexandre contou que é preciso ter uma constância nas doações. E diferente do que muitos pensam, são os pacientes oncológicos e as cirurgias e transplantes que mais utilizam o sangue e não as vítimas de acidentes. “O sangue é perecível, a plaqueta coagula em cinco dias e as hemácias devem ser descartadas com 35 dias, já o plasma dura um ano. As doações de plaquetas podem ser feitas separadamente e de acordo com a quantidade que cada um tem, com a resistência da veia e com a disponibilidade de tempo, pois essa doação demora 90 minutos”, esclarece.
BotaSangue
A campanha que faz a chamada para os torcedores do Botafogo praticarem o ato de solidariedade recebeu 240 doadores. A meta era alcançar 500 doações e Alexandre comentou o baixo índice. “No começo era um sucesso e meus amigos compareciam bastante, mas com o tempo o volume da BotaSangue diminuiu porque a maioria se tornou doador contínuo e o movimento diluiu durante o ano”, fala.
Amanhã é o último dia de campanha e o atendimento no Banco de Sangue é diário no período das 7h às 18h na rua Paulino Afonso, 477, Bingen, térreo HST.