Alvo da Lava Jato, dono do Grupo Petrópolis se entrega à Polícia Federal

O dono do Grupo Petrópolis, Walter Faria, se entregou hoje à Polícia Federal (PF). Ele chegou à sede da PF em Curitiba por volta das 12h. Alvo da 62ª fase da Operação Lava Jato, Walter estava foragido desde o dia 31 de julho, quando teve um mandado de prisão preventiva expedido.

Além de Walter, também estão presos Vanuê Faria e Cleber Faria – sobrinhos de Walter – Silvio Antunes Pelegrini e Maria Elena de Sousa. Há, ainda, um outro mandado de prisão temporária expedido contra Naede de Almeida, que segue foragido.

A ação investiga o pagamento de propinas travestidas de doações de campanha eleitoral realizada por empresas, entre elas o Grupo Petrópolis, que também teria auxiliado o Grupo Odebrecht  a pagar valores ilícitos de forma oculta e dissimulada, através da troca de reais no Brasil por dólares em contas no exterior, expediente conhecido como operações dólar-cabo.

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Os fatos investigados guardam relação com as atividades do Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, responsável por viabilizar os pagamentos ilícitos do Grupo de forma profissional e sofisticada, para evitar o rastreamento dos valores e a descoberta dos crimes pelas autoridades de persecução penal.

A suspeita é que offshores relacionadas ao Grupo Odebrecht realizavam – no exterior – transferências de valores para offshores do grupo investigado, o qual disponibilizava dinheiro em espécie no Brasil para realização de doações eleitorais.

Na última sexta-feira (2), a juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal do Paraná, prorrogou por mais cinco dias o prazo das prisões temporárias de Vanuê, Silvio e Maria Elena. O novo prazo vence nesta terça-feira (6).