André Ceciliano amplia pressão junto ao PSB por candidatura ao Senado no RJ

04/08/2022 11:27
Por Davi Medeiros / Estadão

O deputado estadual André Ceciliano (PT-RJ) afirmou nesta quinta-feira (4), que vai persistir no acordo em torno de sua candidatura ao Senado e pressionar o PSB para que Alessandro Molon se retire da disputa. O petista disse não haver possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apoiar dois candidatos ao governo do Rio e que, por ora, o impasse não deve influenciar na prática o apoio a Marcelo Freixo (PSB), mas reiterou que não aceitará dois candidatos à cadeira do Legislativo na mesma chapa. “Não tem a possibilidade de ter dois palanques”, disse.

“O presidente Lula já deixou claro que só teremos um palanque no Estado. Ocorre que a política é dinâmica. O presidente Lula entrou nessa discussão nos últimos dez dias. Em Pernambuco, ele conversou com a direção do PSB nacional: ‘eu vim aqui cumprir nosso acordo, agora quero que vocês cumpram o acordo de vocês’, afirmou Ceciliano, em entrevista ao UOL.

Os petistas desejavam que Ceciliano fosse o único candidato ao Senado no palanque de Freixo. Contudo, o deputado federal Alessandro Molon, que é presidente estadual do PSB, contrariou o acordo e não aceitou abdicar de sua candidatura à mesma cadeira. O parlamentar argumenta que tem “mais condições” de derrotar o bolsonarismo no Estado por pontuar melhor nas pesquisas.

Ceciliano afirmou que, a princípio, tinha inclusive o apoio do prefeito Eduardo Paes (PSD), da capital fluminense, para concorrer ao governo do Estado, mas que decidiu ser candidato ao Senado após encontro com Lula e a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, em fevereiro deste ano.

Segundo o deputado, o ex-presidente petista anunciou, naquela ocasião, que o acordo fechado com o PSB daria ao PT a prerrogativa de indicar o candidato ao Senado no Rio. “Eu, como tenho juízo, respeito as decisões do meu partido. Existia um acordo”, disse.

Por outro lado, Ceciliano admitiu que o impasse de sua candidatura ao Senado não deve retirar na prática o apoio de seu partido a Freixo. Segundo ele, mesmo que a aliança formal acabe por ser desfeita, como propôs o diretório estadual da sigla, o candidato da base lulista no Estado continuará sendo o pessebista.

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