Angra 1 entra em manutenção a partir do sábado, 17, e tira 600 MW do SIN

16/04/2021 10:14
Por Denise Luna / Estadão

A usina nuclear Angra 1, no Rio de Janeiro, vai entrar em manutenção a partir deste sábado, 17, retirando do Sistema Interligado Nacional (SIN) cerca de 600 megawatts (MW) de capacidade instalada. Angra 2, com potência maior (1.200 MW), já havia parado no ano passado para manutenção.

“Neste sábado (17), à 0h, a Eletronuclear vai desconectar a usina nuclear Angra 1 do SIN para reabastecimento de combustível. Trata-se de uma parada programada, em comum acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), com duração programada para 35 dias”, antecipou a Eletronuclear ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Durante esse período, o ONS despachará a energia de outras usinas do sistema interligado de forma a garantir um abastecimento seguro de energia elétrica para o País, disse a subsidiária da Eletrobras.

As paradas de reabastecimento ocorrem, aproximadamente, a cada 14 meses e são programadas com pelo menos um ano de antecedência, levando-se em consideração a duração do combustível nuclear e as necessidades do SIN.

Nesta parada, além do reabastecimento de cerca de 1/3 do combustível nuclear, serão realizadas atividades de inspeção e manutenção periódicas e também instalações de diversas modificações de projeto, que precisam ser feitas com a usina desligada.

“No total, 2.904 tarefas foram programadas para o período. Para executá-las, a empresa contratou firmas nacionais e internacionais, que estão disponibilizando aproximadamente 600 profissionais, sendo 30 estrangeiros, para atuar em conjunto com os técnicos da Eletronuclear”, informou a estatal.

Para a realização desta parada, uma série de medidas de mitigação da covid-19 foram tomadas pela Eletronuclear. Além da redução do escopo das atividades, foram realizadas diversas ações de comunicação, treinamento e conscientização do pessoal contratado e próprio, além de reforço das medidas de distanciamento social (refeições em horário escalonado, reuniões por meio de videoconferência, demarcação no piso de acesso, etc.). Todas essas ações foram compiladas em uma cartilha, que foi disponibilizada para os profissionais envolvidos na parada.

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