Antiga fábrica D. Isabel pode ser Centro Administrativo da Prefeitura

05/02/2017 07:20

Com uma despesa de R$ 6,4 milhões por ano em aluguéis até dezembro de 2016, ganha força a proposta de criação de um Centro Administrativo da Prefeitura de Petrópolis, onde fique instalado todas as secretarias e serviços municipais. Apesar do esforço da atual administração em negociar valores de aluguéis e conseguir uma redução de R$ 1 milhão, a despesa ainda é alta e com isso, o governo deixa de investir em outras áreas.

Por causa desta despesa, constantemente o tema reaparece nas discussões dos vereadores e até mesmo entre os secretários municipais. E como a Prefeitura não disponibiliza de recursos para construir ou comprar um imóvel para abrir o centro administrativo, fica evidente para alguns parlamentares que a saída é a Parceria Público Privada (PPP). Um dos defensores desta proposta é o vereador e líder do PDT, Jamil Sabrá Neto, que protocolou na Câmara projeto legislativo para que a Prefeitura possa fazer esta parceria com vistas ao Centro Administrativo. 

Entre os imóveis possíveis, na visão do vereador do PDT, para abrigar o Centro Administrativo, está o prédio da antiga Fábrica Dona Isabel, que hoje funciona como estacionamento particular e abriga outras iniciativas. Ele conta com o apoio do vereador do PP, Reinaldo Meirelles, que na legislatura passada e na atual, voltou a defender a ideia de que a Dona Isabel seja usada pela Prefeitura para construção do Centro Administrativo.

Os dois sustentam que o imóvel tem condições de abrigar todas as secretarias e serviços municipais, o que reduziria o gasto da Prefeitura com alugueis e facilitaria a vida dos contribuintes, pois num único local poderiam resolver num único dia e em poucas horas todas as demandas com a municipalidade. “Hoje, o contribuinte é obrigado a se deslocar de um lado a outro para resolver seus problemas, pois parte das secretarias estão na Avenida Barão do Rio Branco e outras na Avenida Koeler. Com o Centro Administrativo ganha o petropolitano e a administração”, afirmou o vereador Meirelles.

O vereador Marcio Arruda (PR), que está em seu sexto mandato, também defende a criação de um centro administrativo e lembra que os serviços da Prefeitura já foram mais centrais, quando a maioria deles ficavam no Centro Histórico. Ele, assim como seus dois colegas, também sugere que a Prefeitura adquira um imóvel e chegou a citar o imóvel localizado na Rua do Imperador, comprado no Governo Mustrangi e destinado a construção do Centro Administrativo. 

O problema, e ninguém sabe explicar porque, é que este imóvel, pago com dinheiro dos petropolitanos, foi cedido gratuitamente em dezembro de 2012 a Procuradoria Geral da República, para construção de sua sede em Petrópolis. A compra do imóvel pelo Governo Mustrangi foi parcelada em 60 meses e de acordo com o período, a última parcela foi paga em 2015. Na época da negociação, a Caixa Econômica Federal avaliou que o imóvel valia R$ 965 mil e somente não foi comprado por este valor, pois o governo naquele momento preferiu parcelar e por isso pagou R$ 1,018. 

O vereador Jamil Sabrá Neto disse que seu projeto tem por objetivo permitir que o governo municipal faça a Parceria Público Privada para construção do Centro Administrativo. Apesar de citar a Fábrica Dona Isabel, como um excelente lugar, o vereador defende que o centro possa ser instalado em qualquer lugar da cidade, desde que reúna todas as secretarias e serviços municipais. “Há muitos exemplos de Prefeitura que construíram seus centros administrativos fora da cidade e deu muito certo, pois o que interessa a população é saber que, num único lugar ela resolve todos os problemas”, frisou. 

Ele argumenta que, além de reunir as secretarias, tem que ter infraestrutura para receber o contribuinte, como área para estacionamento, fluxo para entrada e saída de veículos, sem causa impacto no trânsito. Além de ser um local que atenda também os servidores municipais que trabalham nas secretarias. “Não adianta pensar apenas na logística para atender bem o contribuinte se o servidor não tiver uma estrutura e serviços que permita a ele chegar ao local de trabalho e uma infraestrutura que o atenda ao longo do dia. Precisamos pensar num local que atenda a população como um todo e isto inclui o servidor, que também é contribuinte”, comentou Jamil. 

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