Após denúncias, governo garante equipe para funcionamento do Cram
Uma semana após a Tribuna divulgar a denúncia do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (Comdim) sobre a falta de estrutura no Centro de Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) – Maria Alice da Costa Azevedo – Tia Alice, a Prefeitura reestruturou a equipe da unidade.
Esta semana, o Cram voltou a funcionar com sua equipe completa: psicóloga, advogada, assistente social, administradora e coordenadora. “Um dos papeis do Comdim é controlar a execução da política municipal voltada às mulheres, além de propor ou efetivar ações visando garantir seus direitos. Por isso denunciamos o que para nós era o desmonte do único centro de atendimento à mulher vítima de violência da cidade. Foi um apelo do Comdim ao prefeito e conseguimos que esta situação fosse revertida”, disse a presidente do conselho, Luciana Périco.
Há três meses, o Cram estava funcionando apenas com a coordenadora e uma assistente social. A falta de estrutura já estava comprometendo o atendimento, que é feito de segunda a sexta-feira em prédio anexo ao Centro de Saúde da Rua Santos Dumont, no Centro.
O Cram funciona há 10 anos e, neste período, já realizou cerca de três mil atendimentos. Na unidade, as mulheres vítimas de violência podem procurar acolhimento e receber atendimento especializado. “Estamos vendo um crescente aumento dos casos de violência contra a mulher e tivemos há pouco tempo aquele crime bárbaro na Provisória. O Cram é o único centro de atendimento a essas mulheres na cidade. Vamos continuar na luta. Não permitir qualquer direito a menos”, concluiu a presidente do Comdim.