Após morte por raiva em Recife, autoridades reforçam orientações

06/07/2017 12:20

A morte de uma mulher que trabalhava como atendente em um pet shop em Recife, na última segunda-feira, em decorrência de raiva, está chamando a atenção para a importância da vacinação de animais domésticos. Há 19 anos o país não registrava casos da doença em humanos. Em Petrópolis, não há casos registrados de raiva em animais domésticos nem em humanos há pelo menos 30 anos. 

Para manter esses índices, a Secretaria de Saúde, por meio da Coordenação de Vigilância Ambiental, está convocando donos de animais que moram em Pedro do Rio, Secretário, Itaipava, Araras e adjacências para a terceira etapa da campanha de imunização, que será realizada no dia 15. Haverá, ao todo, 11 ações volantes em horários alternados entre 9h e 17h. A expectativa é que 4.290 animais sejam vacinados e permaneçam protegidos por um ano. 

Segundo informações da Secretaria de Saúde, a campanha anual de vacinação antirrábica será dividida em sete etapas e deverá se estender até novembro. Deverão ser imunizados 29.802 cães e 5.960 gatos em todo município. 

A raiva é uma doença de origem viral transmitida, em geral, por mordidas de animais, arranhão ou mesmo lambida. Uma vez mordidas, as pessoas devem tomar vacina e soro logo após o incidente que teria ocasionado a transmissão do vírus. O polo de atendimento para pessoas que precisam de soro antirrábico, antitetâ- nico, antiofídico (picada de cobra), antiaracnídico (picada de aranha), antiescorpiônico (picada de escorpião) está localizado na UPA Centro. 

O secretário de Saúde, Silmar Fortes, explica que a secretaria implantou um novo fluxo de atendimento que contempla a assistência de primeiros socorros e a aplicação do soro. “A UPA Centro é o polo para todas as cidades da Região Serrana na aplicação das sorologias. A UPA recebe semanalmente uma média de três pacientes que necessitam tomar o soro e os estoques são repostos conforme o uso e fornecidos prontamente pela Secretaria Estadual de Saúde não havendo falta do medicamento no município”, afirma Silmar Fortes.

“É uma doença que a melhor forma de prevenção é vacinando os animais. Então sempre que ocorrer algum acidente com animal doméstico é preciso procurar atendimento médico. Quando o sistema vacinal não é seguido corretamente, a doença se desenvolve, causando inflamações no cérebro e na medula. Quando isso acontece, a maioria dos pacientes não sobrevive”, explica o secretário de Saúde.

A campanha realizada agora foi dividia por regiões de acordo com o cronograma realizado em anos anteriores para que os animais sejam imunizados na mesma época. A coordenadora da Vigilância Ambiental, Maria Beatriz Fagundes Pellegrini, ressalta que cães e gatos só podem ser vacinados a partir dos três meses de vida.

“A vacina não apresenta contraindicação. O animal deve estar em perfeitas condições de saúde. Nós só não iremos fazer a imunização caso eles estejam debilitados ou doentes como, por exemplo, com diarreia ou vômitos”, explica Maria Beatriz Fagundes Pellegrini. Caso proprietário tenha perdido o cartão de vacinação do ano passado, o animal receberá um novo documento com a comprovação de aplicação da dose. 



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