Apple enfrenta novo desafio na China após Huawei lançar smartphone super rápido
A Apple enfrenta uma nova ameaça competitiva na China após o país asiático ordenar funcionários a não usarem o iPhone e outros produtos da empresa em suas atividades de trabalho. Ao mesmo tempo, a gigante Huawei Technologies está vendendo um smartphone com capacidade para conexão ultrarrápida.
O novo modelo de smartphone da Huawei, juntamente com a proibição, tem o potencial de causar uma redução significativa nas vendas da Apple. Os movimentos recentes sublinham mais uma vez os riscos que as empresas globais enfrentam à medida que as tensões geopolíticas entre os EUA e a China se espalham por muitas indústrias.
A Apple é particularmente vulnerável, uma vez que a maioria dos seus produtos é montada na China. O presidente-executivo, Tim Cook, se envolve em um dilema delicado há anos para evitar que sua empresa fique prejudicada, já que os dois países discordam sobre comércio e tecnologia.
A Apple dominou o mercado de telefones de última geração da China nos últimos anos, depois que duras sanções dos EUA limitaram o fornecimento de chips e a Huawei abandonou anteriormente os planos de fabricar telefones com 5G, um padrão celular que permite conexões muito mais rápidas.
Milhões de usuários de smartphones em todo o mundo atualizaram seus dispositivos, uma vez que a chamada tecnologia 5G trazia a promessa de ligações melhores, mais rápidas e outras novas utilizações potenciais. Agora, a Huawei está reagindo e lançando um novo telefone na China com velocidades e capacidades semelhantes às do 5G.
O lote inicial do telefone, o Mate 60 Pro, com preço de pré-venda de US$ 960, esgotou em poucas horas, causando impacto nas redes sociais chinesas. O fervor inicial sugere que a Huawei poderia recuperar os compradores perdidos na China para a Apple, que deve lançar seu mais recente iPhone na próxima semana. “A proibição do governo e o novo telefone Huawei serão eventos importantes para o iPhone”, disse Martin Yang, analista da empresa de investimentos Oppenheimer.
Ainda não estava claro o que levou a China a restringir o uso do iPhone, mas alguns analistas sugeriram que uma ação semelhante na Rússia poderia ter ajudado Pequim. Embora o pedido não tenha sido anunciado publicamente, pode representar riscos para a reputação da Apple no país asiático. A empresa vendeu 224,7 milhões de iPhones em 2022, de acordo com a Counterpoint Research, então esse número representaria cerca de 4,5% do total de remessas de iPhone. Fonte: Dow Jones Newswires