Área de saúde segue sob vigilância da 4ª Vara Cível

Depois de atuar firmemente para garantir os atendimentos nas UPAs Centro e Cascatinha, inclusive fiscalizando pessoalmente o funcionamento das unidades em meio ao feriadão de Nossa Senhora Aparecida, o juiz da 4ª Vara Cível de Petrópolis, Jorge Luiz Martins Alves, voltou a convocar equipes da área de saúde para esclarecer dúvidas sobre o Hospital Alcides Carneiro. Ontem à tarde ele se reuniu com o secretário municipal de Saúde, Silmar Fortes, o procurador da secretaria, Anderson Garcia, e diretores do HAC e do Sehac para discutir questões relacionadas ao funcionamento da unidade, assim como seu apoio aos postos de emergência e urgência da cidade. 

Um dos questionamentos do juiz foi com relação ao ponto biométrico, implantado pela Secretaria Municipal de Saúde em todas as unidades do município. Os representantes do hospital ressaltaram que, depois de um período de testes, o ponto eletrônico está funcionando com todos os funcionários cadastrados. 

Sobre este aspecto, o magistrado questionou se houve algum tipo de resistência dos funcionários, sendo relatado que não e que, desde o primeiro momento, a maioria dos funcionários entendeu a importância do ponto eletrônico. 

O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Rogerio Lima, diante do questionamento do juiz sobre a greve branca, noticiada em alguns meios de comunicação e rede sociais, esclareceu que é uma forma dos trabalhadores atuarem, mas com menos empenho do que o normal. Na sua avaliação, tal procedimento no sistema de saúde prejudica o atendimento à população, gerando um descontentamento com o serviço.

O diretor-presidente do Serviço Autônomo do Hospital Alcides Carneiro (Sehac), Jordani Fernandes Ribeiro, disse que vários procedimentos foram tomados para melhorar o serviço aos pacientes. Entre as medidas está a obrigatoriedade de apresentação de laudo, explicando porque uma cirurgia está sendo cancelada. 

Com relação à marcação de consulta no ambulatório do HAC, Jordani Ribeiro disse que houve uma melhora e que, agora, o paciente, quando sai da consulta, já tem a próxima agendada. Ele explicou que tem uma equipe treinada ligando para as casas das pessoas para marcar e remarcar, esclarecendo que, com isso, não há mais fila como ocorreu quando houve um problema no sistema.

O juiz da 4ª Vara Cível frisou que a reunião de ontem não tinha qualquer relação com ação judicial específica, deixando claro que era uma reunião extraordinária, como as que foram realizadas sobre as Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Centro e Cascatinha. Ele voltou a afirmar que seu objetivo é garantir o pleno atendimento da população, lembrando que pela 4ª Vara passam diversas ações referentes à área de saúde. 

A participação do magistrado, que vem fiscalizando e acompanhando os serviços de saúde, foi elogiada pelo secretário de Saúde, Silmar Fortes. Segundo ele, a atuação do juiz foi fundamental na questão das UPAs. Para o secretário, estes encontros são importantes pois ajudam na solução e busca de soluções para o sistema de saúde do município.