As Mais Belas Poesias Petropolitanas de Amor

27/11/2018 09:45

O antologista, historiador e professor Paulo César dos Santos lavra mais um tento na senda literária ao publicar “As mais belas poesias petropolitanas de amor”, onde uma constelação com nomes de prestígio das belas letras cintila. A obra será lançada sob os auspícios da Academia Petropolitana de Letras no dia sete de dezembro vindouro, às dezenove horas em sua sede à Praça da Liberdade, nº. 247 em Petrópolis-RJ estando os leitores  desde já convidados. Ao reuni-las em uma obra, o seu lugar de honra está reservado no escrínio dos apreciadores da boa poesia. A exiguidade de espaço me impossibilita contemplar em per si todos os poetas que a compõem. A coletânea reúne noventa e um autores nascidos ou radicados em Petrópolis, entre eles, quatro importantes intelectuais que integraram a Academia Brasileira de Letras: Alberto de Oliveira, Raimundo Correia, (que ao lado de Olavo Bilac, formaram a famosa tríade de poetas parnasianos brasileiros), Osório Duque Estrada, autor da letra do Hino Nacional Brasileiro e Alceu Amoroso Lima, crítico literário, escritor e líder católico. Todos residiram em nosso município durante vários anos. O livro se propõe a reviver as filigranas literárias da imperial cidade de Petrópolis e despertar nos corações ávidos de beleza, o conteúdo e a forma, o estilo seja lírico, religioso, parnasiano, moderno, social, político ou épico e reacende a chama de afeição em vários tons onde o clamor, as louvações e lamentos desabrocham em matizes. O leitor as saboreia em taças de fino cristal. Sorve o néctar de amor, busca, contentamento, desilusão, esperança e êxtase. Neste florilégio, o Autor inspira-se na rica fonte onde se percebe facilmente nas páginas a beleza da retórica aliada à semântica em perfeita sintonia com o ritmo e a cadência onde a prosopopeia se faz presente. Folheio as poesias e elas me arrebatam a exemplo das belezas contidas em “Teu Retrato”, de Annuar Jorge, “Carta”, do mestre Décio Duarte Ennes; “Lágrimas”, de Edmundo de Lacerda; “Alma de Neve”, de Hélio Chaves; “Ária da Despedida, da lavra de Hildegardo Silva; “Velho Tema”, de Luís Otávio; “A uma Ginandra”, de Mário Cruz, bardo que recebeu o prêmio da ABL, quando do lançamento do livro Cântico Bárbaro; “Incerteza”, brotada das mãos e do talento de Osmar de Guedes Vaz; “História Antiga”, de Raul de Leoni, soneto que figura na maioria das antologias brasileiras, “Paródia I”, do mestre-trovador Roberto Francisco e Salomão Jorge, que nos brinda com “O Relógio”. Paulo César dos Santos é, na verdade, o Anjo Tocheiro que ilumina não somente os caminhos dos poetas de ontem, revive Clemente de Alexandria deixando impressas as suas pegadas de amor, marcas indeléveis de sua trajetória digna e honrada, lega aos estudiosos e apreciadores desta bela arte um tesouro ao enaltecer valores e a história literária. Esta é a verdadeira imortalidade, pois onde houver arautos das letras e das artes desse porte a poesia se manterá inarredável e presente às gerações futuras. “As mais belas poesias petropolitanas de amor” são verdadeiras joias onde a emoção floresce em cada página, formando uma bela ramagem adornada em suntuoso laço de acetinada fita rosecler. Parabéns, Paulo César dos Santos, o ourives da poesia, o garimpeiro que sabe extrair da bateia o ouro de puro quilate depurado através de seu toque de mestre.

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