Assistência Social já ajudou a reinserir na família 55 pessoas em situação de rua entre 2019 e 2020
Perdida e morando nas ruas em Pedro do Rio, uma mulher de 43 anos, com transtorno mental, foi reinseria nesta sexta-feira (17/07) à sua família após ser encontrada e receber o acompanhamento da equipe da Secretaria de Assistência Social por cerca de um mês. Ela é um dos 15 casos de reinserção da população em situação rua em Petrópolis neste ano. Só em 2019, foram outras 40 pessoas que retornaram à casa de suas famílias ou foram reinseridas na sociedade.
“Os motivos que levam uma pessoa a morar nas ruas podem ser muitos, mas nem sempre estão ligados à falta de moradia. Os conflitos familiares, segundo psicólogos que trabalham com a população em situação rua, estão entre as principais razões para fazer com que eles deixem o lar. Esse trabalho de reinserção é muito importante e os números em Petrópolis são muito positivos”, destaca a secretária de Assistência Social, Denise Quintella.
Em Petrópolis, a estimativa é de que entre 120 e 150 pessoas vivam em situação de rua. No caso da usuária reinserida nesta sexta-feira, ela foi encontrada pela equipe de abordagem de rua em Pedro do Rio no dia 18 de junho. Uma ação em conjunta entre o Centro Pop e o Consultório na Rua, da Secretaria de Saúde.
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“A equipe de abordagem, após encontrar a usuária, verificou a necessidade de ela ser avaliada pelo Consultório na Rua, que a levou para a psiquiatria, onde foi medicada, estabilizada e acolhida na Unidade de Acolhimento Temporário. E desde então a gente vem oferecendo acompanhamento médico, acompanhamento psicossocial. Conseguimos contatar a família dela, que mora em Areal. A equipe do Centro Pop da abordagem social fez todo esse trabalho de entendimento, conscientização e reflexão com ela, que aceitou retornar para o seio da família”, explica a coordenadora do Centro Pop, Telma Resende.
Esse trabalho da Assistência Social é feito pela equipe de Abordagem Social. É por intermédio da equipe que os usuários chegam até o Centro Pop e então começa o trabalho para localização de familiares, enquanto os usuários são encaminhados ao NIS (Núcleo de Inclusão Social) ou a Unidade de Acolhimento Temporário (que está funcionando apenas neste período de pandemia) com acompanhamento de pedagogos e psicólogos. Em todos os equipamentos, os usuários recebem alimentação, orientações, atendimentos com psicólogos, assistentes sociais e pedagogos, além de máscaras.
“É um trabalho muito gratificante. Todo mês conseguimos reinserir pelo menos uma pessoa. É um desafio diário, no momento em que cada pessoa consegue sair dessa situação de risco, de vulnerabilidade social. A equipe dessa forma pode ver que está no caminho certo. E assim a gente continua atuando na perspectiva de realizar um trabalho com qualidade e eficiência”, completa Telma, lembrando que algumas pessoas também são reinseridas no mercado de trabalho e conseguem sair das ruas com a ajuda da equipe.