Atitudes e valores morais
Por que alguns países são extraordinariamente desenvolvidos e outros extremamente pobres, carentes e sem nenhuma perspectiva? Por que há uma diferença tão grande entre os países pobres e os ricos? Por que países que existem ou que surgiram na mesma época que o Brasil são tão evoluídos, tão ricos e com alto padrão de vida? Que fatores determinaram essa diferença? Não seria mais lógico que os países mais velhos fossem os mais desenvolvidos e mais estáveis e com alto padrão de vida? O Canadá, a Nova Zelândia e a Austrália são países novos, desenvolvidos e ricos. Os recursos naturais disponíveis também não determinam a diferença entre países pobres e ricos.
O Japão, por exemplo, é um país muito pequeno, montanhoso e dos mais fortes do mundo. Importa matéria prima de muitos países e exporta produtos manufaturados de alta qualidade. E todos sabem que perdeu uma guerra contra os EUA e sofreu o impacto de duas bombas atômicas que mataram mais de 100 mil dos seus habitantes.
Outro exemplo é a Suíça, que não planta cacau, mas, tem o melhor chocolate do mundo. Fabrica os melhores relógios e é um dos países mais seguros do mundo, de tal forma que é o cofre forte de todos os países e das grandes fortunas honestas e desonestas do planeta. Em seu pequeno território não cria animais e cultiva o solo apenas quatro meses por ano. Apesar disso fabrica laticínios da melhor qualidade. É um país muito pequeno que passa uma imagem de segurança, ordem e trabalho que o transformou em cofre forte do mundo. Percebe-se que não há diferenças significativas entre os executivos dos países ricos e dos países pobres; são mais ou menos iguais. Quanto a raça e a cor da pele também não há grandes diferenças: imigrantes considerados preguiçosos em seus países pobres são a força produtiva dos países europeus e dos EUA.
Como se explica, então, a diferença entre o alto padrão de vida dos EUA, da Alemanha, Suécia, Inglaterra, França, Canadá e demais países desenvolvidos? A diferença é a qualidade dos seus governantes, os quais, não são corruptos, nem canalhas, nem mentirosos como a maioria dos nossos políticos. A ética, a integridade, a responsabilidade, o respeito às leis e aos regulamentos, o respeito aos direitos dos demais cidadãos, o amor ao trabalho, o desejo de superação, a pontualidade e a aplicação severa da lei, são características desses países que dominam o mundo.
No Brasil apenas uma pequena minoria dos políticos seguem estes princípios básicos que fazem a grandeza de um país. Não somos pobres porque nos falta recursos naturais ou porque a natureza ou Deus foi cruel conosco. Somos pobres por que nos falta desejo de superação, de ser melhor, de evoluir, de estudar. Contentamo-nos com a mediocridade e aceitamos a desonestidade como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Chegamos até a discriminar os que através do estudo e trabalho intenso tentam crescer e ser honestos. Falta-nos determinação para acabar com aquele desejo de levar vantagem em tudo e sobre todos. Falta-nos decisão para evitar, a todo custo, o “deixa pra lá.” Falta-nos valor para reconhecer valores e cultivá-los. Falta-nos, enfim, bom senso e retidão.