Atletas também podem precisar suplementar vitamina “D”
Nos seres humanos, apenas 10% a 20% da vitamina D necessária à adequada função do organismo provém da dieta. O restante vem da ativação da luz solar DIRETA, especificamente a radiação ultravioleta. Indivíduos de pele negra precisam de mais tempo de exposição ao sol do que os caucasianos e os idosos menos tempo por conta dos receptores da pele serem mais sensíveis. Não adianta apenas dieta; tem que tomar banho de sol. Engana-se quem pensa que atletas estão livres da deficiência da vitamina D e não precisam de suplementação prescrita por MÉDICO OU NUTRICIONISTA. Estudos mostram níveis baixos da vitamina durante o inverno, práticas em altitudes e/ou em ambientes fechados como nas academias ou treinou em casa durante a pandemia. Os prejuízos são referidos com função muscular e imunológica prejudicada, capacidade regenerativa reduzida, saúde óssea deficiente e até mesmo função cardiovascular, Daniel J. et All. (2015). Embora haja divergências entre autores, as concentrações próximas de 36 ng/mL (90nmol/L) (nanogramas por litro de sangue) presume-se que sejam as mais vantajosas, Bischoff-Ferrari et All. (2005). Esses valores parecem beneficiar a força muscular dos membros inferiores avaliada em testes de caminhada num protocolo de tempo para percorrer 8 passos. Indivíduos com valores equivalentes entre 36 e 40 ng/mL (90 e 100 nmol/L) caminham mais rápido. As evidências, (embora sem consenso na literatura) sugerem riscos menores de câncer colorretal, doença periodontal e respiratórias. Pelo sim, pelo não a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) recomenda concentrações acima de 30 ng/mL como desejáveis e devem ser as metas para populações de maior risco, pois, acima dessas concentrações, os benefícios da vitamina D são mais evidentes, especialmente as doenças osteometabólicas e redução de quedas espontâneas. Portanto, a vitamina D é mais importante que a maioria das pessoas pensam associando-a só aos problemas ósseos. No Brasil os baixos níveis de vitamina D em boa parte da população se deve ao medo da exposição ao sol relacionado ao câncer de pele. A exposição ao sol pelo menos 10 minutos por dia em qualquer horário SEM protetor solar é a recomendação. Enganam-se corredores (as) que “acham” que já pegam sol o bastante correndo nas ruas. O fazem (corretamente), com protetor solar o que impede absorção da vitamina D, mas previne o câncer de pele e/ou manchas indesejadas nesse caso.
Literatura Sugerida: 1) Daniel J. Owens, William D. Fraser & Graeme L. Close (2015) Vitamina D e o atleta: Emerging insights, European Journal of Sport Science, 15: 2) CASTRO, Luiz Claudio Gonçalves de. O sistema endocrinológico vitamina D. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 2011. 3) MAEDA, Sergio Setsuo et al. Recomendações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) para o diagnóstico e tratamento da hipovitaminose D. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, 2014.