Atos homenageiam vítimas da tragédia
O dia em que a maior tragédia da história de Petrópolis completou um mês foi marcado por atos em homenagem às 233 vítimas fatais e de cobrança por medidas efetivas do poder público. No fim da tarde, um ato pacífico foi realizado na Praça Visconde de Mauá, em frente à Câmara Municipal. Cerca de 150 pessoas participaram da homenagem. Também foram realizados atos no Obelisco, na sede Secretaria de Educação e no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro.
Familiares de vítimas e pessoas que perderam tudo na tragédia discursaram e cobraram mais ações do poder público. Muitas pessoas cobraram a presença das autoridades nas comunidades. Além da homenagem, o ato também teve tom de revolta e indignação sobre a ação do poder público frente à tragédia. Cruzes brancas foram fincadas no gramado da Praça e todas estavam de branco. No ato, as quatro pessoas que ainda estão desaparecidas também foram lembradas.
O Grupo Especializado em Desastres Naturais – Geden, Grupo Especializado em Desastres Naturais, também realizou um ato, no Obelisco. Desde o dia da chuva, cerca de 300 voluntários do Geden passaram a dar suporte aos militares do Corpo de Bombeiros em todas as frentes de busca na cidade.
Missa no Palácio Guanabara
O Governo do Estado realizou uma missa pelas vítimas da tragédia das chuvas de Petrópolis. A cerimônia aconteceu no Palácio Guanabara e foi celebrada pelo bispo diocesano da cidade, Dom Gregório Paixão. Na ocasião, bombeiros do Rio de Janeiro e de outros estados, que deram apoio à operação no município, receberam homenagens.
Muita emoção ao toque de silêncio. Todos os quartéis do CBMERJ executaram simultaneamente a mesma homenagem em condolência às vítimas. O evento contou com a presença do grupo de gaiteiros Brazilian Piper e com a Banda Sinfônica do CBMERJ. Bombeiros especializados, que participaram diariamente das operações, e cães do grupamento do Rio também estavam na cerimônia.
“Falar daquele dia 15 de fevereiro, é lembrar de cenas que ao fecharmos os olhos não sairão da nossa memória e nem dos petropolitanos que lá estavam. Foi através do diálogo, trabalhando ao lado do poder municipal, estadual, federal, das forças armadas, do legislativo que unimos forças por Petrópolis. Após 30 dias desta triste tragédia, nós temos a responsabilidade de não sair da cidade até que a vida volte ao normal, onde tudo esteja funcionando e as famílias tenham assistência. E continuar os investimentos em limpeza de rios e córregos, contenção de encostas e programas como o Casa da Gente para auxiliar quem perdeu tudo nas enchentes. Essa é nossa missão com o povo fluminense e, sobretudo com os moradores de Petrópolis, de não deixar que tragédias como essa aconteçam novamente”, diz o governador Cláudio Castro, em uma publicação nas redes sociais.
Missão Petrópolis:
Cerca de 500 bombeiros de quartéis fluminenses e outros 155 de outros estados atuaram diariamente nas buscas por vítimas do temporal em 100 pontos simultaneamente. Uma média de 60 bombeiros ainda faz buscas no Morro da Oficina e em rios da região por quatro pessoas desaparecidas.