Atraso no pagamento de funcionários de consórcio será discutido pelo Cremerj

23/11/2017 12:15

O atraso no pagamento dos salários do mês de outubro para os funcionários das duas Unidades de Pronto Atendimento (UPAS) do Centro e Cascatinha será levado para discussão na presidência do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj). Além dos enfermeiros, técnicos de enfermagem, pessoal de higienização, administrativo e segurança, os médicos também receberam com atraso – ontem – os salários que deveriam ter sido depositados no quinto dia útil deste mês. 

“A situação das UPAS está muito complicada. Até agora, pelo que sabemos, as unidades ainda não contam com diretores médicos. Estamos denunciando desde o início que essa questão da cooperativa traria prejuízos para os profissionais e, consequentemente, para a população”, alertou o coordenador e conselheiro da seccional de Petrópolis do Cremerj, Jorge Gabrich.

Este foi o primeiro mês integral de pagamento feito pela Cooperativa Renacoop, que faz parte do Consórcio Saúde Legal, que desde o dia 21 de setembro está administrando as duas UPAS, após vencer a licitação promovida pela Prefeitura. Por mês, receberá pouco mais de R$ 2 milhões do município para administrar as duas unidades. Com a gestão plena, o consórcio fica responsável pelo pagamento dos salários, compra de insumos e medicamentos, alimentação dos profissionais e pacientes, realização dos exames laboratoriais, entre outros.

Segundo Jorge Gabrich, o Cremerj deverá fazer novas fiscalizações nas UPAS para verificar as condições de trabalho dos profissionais. “Essa denúncia será levada à presidência do conselho e vou propor novas fiscalizações. É importante ouvir os profissionais e ver como está o funcionamento das unidades”, disse.

Além da Renacoop, o Consórcio Saúde Legal é formado por outras três empresas: Lino Briote Produtos Farmacêuticos e Hospitalares, DPAD Serviços Diagnósticos e Rio de Janeiro Serviços e Comércio. Cada uma delas fica responsável por um setor dentro das UPAS. O consórcio ganhou o pregão propondo fazer a gestão plena das unidades por R$ 26,155 milhões anuais.



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