Audiência pública do Plano de Turismo acontece depois de já ter sido votado

Hoje, a Câmara de Vereadores realiza às 19h  uma audiência pública sobre o Plano Diretor de Turismo mesmo ele já tendo sido aprovado em plenário há duas semanas. A inversão de ordem se deu por aquela tradicional falta de organização. O governo alegou que, sem o Plano, a cidade perderia prazos e possibilidade de recursos e o documento chegou às vésperas do vencimento. Foi aprovado e, somente depois, lido com calma. E aí viram que falta de tu-do no plano, até mesmo o manejo de equipamentos importantes existentes, como Palácio de Cristal e o Theatro Dom Pedro e outras ações recentes, mas de importância – como o Circuito de Lazer de Cascatinha.

Emendas

Nesta audiência, os vereadores, além de suas próprias observações ao plano, vão receber sugestões dos setores envolvidos com o turismo para melhorar o documento. Pelo menos a lambança resultou em uma medida que a Câmara já devia ter tomado há tempos: pararam de votar de forma emergencial. Estão mais criteriosos porque se sentiram lesados, afinal, a fala de que se não votasse o plano no prazo faria com que Petrópolis caísse da categoria A no Ministério do Turismo não era bem assim.

Pisou no freio

Mas, gente… Um secretário estaria afivelando as malas em direção ao Instituto Municipal de Cultura (pelo menos na cabeça dele), mas pisou no freio quando o prefeito Bomtempo decidiu ressuscitar a Fundação de Cultura, com o discurso de “arrumar” o CNPJ da extinta autarquia. Lembrou que seu CPF já passou por lá e preferiu aguardar uma outra oportunidade para mudar de cargo.

Dodóis

Gente, como adoece vereador, né? Toda sessão tem algum justificando a ausência de um colega alegando que está em atendimento médico… Seria em qual UPA?

Essa, não!

Vereadores fizeram a defesa do colega Hingo Hammes sobre a autorização dada pela CPTrans para a venda de 35 ônibus quando ele foi prefeito interino. Na época, a gente dedurou, porque a autorização foi bem silenciosa. E agora a defesa rola, porque Hammes está sendo atacado por sua ‘oposição’ (no caso os governistas) que apontam que a cidade não tem ônibus porque ele autorizou essa venda. A defesa é de que ele autorizou, mas somente a venda de ônibus sucateados. Será que isso está mesmo escrito na portaria da CPTrans? E mais: se tudo fosse colocado de forma transparente quando acontece, não economizaria desgaste?

Misericórdia!

Mas, aí pensando um pouco mais, porque a gente curte refletir, a defesa de Hingo diz que esses 35 ônibus estariam parados e que, mesmo sendo sucata, entravam no cálculo da tarifa. Porém, se a gente tinha 35 ônibus sem serventia entrando no cálculo tarifário, qual foi a punição dada pela prefeitura a essas empresas? Porque era caso de polícia, né? Parece ser crime, não? E aí eles foram autorizados a vender os ônibus, continuaram permissionárias do serviço e a vida seguiu? Com essa defesa, Hammes nem precisa de oposição.

É de guache?

Sabem aquelas faixas em vermelho pintadas em algumas ruas funcionando como uma linha de ‘não ultrapasse’ em caso de chuvas fortes, uma das medidas de segurança implementadas pela prefeitura no Plano de Contingência das Chuvas? Não tem nem seis meses que foram colocadas e já tão desbotando…

Aos sábados

Aos sábados, no início da noite, por volta de umas 19h, experimentem cruzar a Rua do Imperador. Gente, a quantidade de carros parados irregularmente em uma das faixas, para aquela “comprinha rápida” nas lojas (já quase fechando) e farmácias  é impressionante. Causa retenção e não se vê um agente canetando.

Lero-lero

Quem assistiu a audiência pública promovida ontem pela Câmara Municipal sobre segurança das escolas notou um claro ruído em relação ao intuito do debate. Primeiro, uma vereadora citou uns números aqui e ali sobre violência nas escolas durante a gestão de Bolsonaro. Depois, outro caboclo rebateu com uns dados do ISP sobre a redução de violência durante a mesma gestão. Finalmente, alguém convocado para falar de segurança e não pra lero-lero, soltou: “Se for para falar de política ou deste ou daquele partido, eu vou me retirar. Viemos aqui para falar de segurança nas escolas.” E representou muitos pais e responsáveis que estavam assistindo, tanto presencialmente quanto pelo canal da TV Câmara.

Só piora

Ainda os abrigos de quase R$ 12 milhões – licitação que acabou sendo suspensa pela CPTrans: além da população, que se manifestou nas redes sociais ao gasto exagerado, o formador de opinião também vem comentando à miúde sobre esta e outras ações que não ajudam na recuperação a imagem da cidade frente às investigações recentes do Ministério Público sobre operações das empresas  de economia mista.

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