Aulas presenciais no município do Rio começam em 24 de fevereiro
As aulas do ano letivo de 2021 na rede de ensino do município do Rio de Janeiro vão começar em 8 de fevereiro, de forma remota, e a partir de 24 de fevereiro serão presenciais, de forma escalonada. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (27) pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (DEM), com os secretários municipais de Educação, Renan Ferreirinha, e de Saúde, Daniel Soranz, no Palácio da Cidade, em Botafogo (zona sul do Rio).
As aulas presenciais serão divididas em fases. Na primeira fase, voltam parcialmente alunos da pré-escola e do 1º e 2º anos do Ensino Fundamental. Na segunda, volta uma parte dos alunos de creches, 3º ao 6º ano e 9º ano do Ensino Fundamental. Na 3ª e última etapa, voltam os demais alunos de creches e do 6º ano, alunos do 8º ano, Programa de Educação de Jovens e Adultos (Peja) e Classes Especiais.
Para evitar aglomeração, a quantidade de alunos em cada escola vai depender das condições epidemiológicas de cada região administrativa da cidade. Se a situação estiver Moderada (bandeira amarela), as unidades escolares poderão receber 75% de seus alunos; se estiver Alta (bandeira laranja), 50% de sua capacidade, e se estiver Muito Alta (bandeira vermelha), 30% da capacidade. Estudantes e profissionais da Educação do grupo de risco só participarão de atividades presenciais nas unidades de ensino depois que forem vacinados.
O protocolo sanitário proíbe a realização de eventos que gerem aglomerações (feiras, palestras, seminários, festas, assembleias, competições e campeonatos esportivos) e o uso de materiais de difícil higienização, como massinha de modelar e jogos de peças pequenas. Os alunos não poderão compartilhar objetos pessoais, como livros e canetas.
Os parquinhos das unidades serão usados apenas por crianças de até 10 anos, que deverão manter a distância de 1,5 metro umas das outras. As bibliotecas estarão liberadas, desde que o distanciamento seja respeitado e os funcionários higienizem as mãos com álcool em gel 70% antes e depois de manusear o acervo.
“O Plano de Volta às Aulas prevê três principais pontos: protocolo sanitário, monitoramento contínuo e plano de contingência. É um plano rigoroso para dar segurança à nossa comunidade escolar. Está chegando a hora de reabrir as escolas com toda a segurança que o atual momento exige, pois estamos pensando nas nossas crianças e jovens que precisam recuperar o tempo perdido”, afirmou Ferreirinha.
O Plano de Volta às Aulas nas 1.543 escolas da rede municipal prevê medidas de prevenção, monitoramento e contingência de casos do coronavírus e poderá ser modificado de acordo com as condições epidemiológicas de cada região da cidade. “A escola só voltará se tiver o protocolo sanitário seguido à risca, além da infraestrutura e de recursos humanos. Tudo isso faz parte para que a escola esteja apta a abrir”, afirmou Ferreirinha.
“Está na hora de a gente priorizar as nossas crianças. A escola tem que ser a primeira a abrir, o que não foi feito. Mas, a partir de agora, ela será a última coisa a fechar. Se tivermos que fazer novas restrições na cidade, não serão restrições que signifiquem impacto para a vida e, principalmente, para o futuro de nossas crianças”, disse Paes.
O Programa Conect@dos irá oferecer dados patrocinados aos 641 mil alunos e 39 mil professores da rede municipal de ensino para que tenham acesso gratuitamente à plataforma de aulas. Estudantes que não têm equipamentos para acessar a internet ou morem em áreas sem cobertura de internet vão receber o material didático impresso e, em algum momento, irão às escolas deixar as atividades didáticas. Caso o aluno tenha alguma dúvida, ela será respondida na próxima vez em que ele for à escola buscar suas atividades didáticas.
As principais diretrizes do protocolo visam reduzir as chances de contaminação dentro das unidades escolares. Para isso, o distanciamento dentro das escolas, creches e EDIs será de 1,5 metro, a higienização das mãos será frequente, o uso de máscara será obrigatório, exceto para crianças de até 3 anos, e as refeições serão feitas dentro das próprias salas, para evitar aglomeração nos refeitórios. Além disso, o horário de entrada e saída será escalonado.
“O grupo de risco será preservado. Não tem aqui nenhum negacionismo. Estamos trabalhando com a ciência do nosso lado. O grupo de risco, seja professor, profissional da educação ou estudante, estará sendo preservado no momento do retorno presencial. Os nossos profissionais de educação serão os primeiros a serem vacinados após os idosos”, afirmou o secretário de Educação.