Ausência de líderes na Cúpula das Américas pode constranger Biden, dizem críticos

06/06/2022 22:09
Por Associated Press / Estadão

O presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador confirmou na segunda-feira, 6, que não participará da Cúpula das Américas em Los Angeles. A decisão foi um golpe aos esforços dos Estados Unidos para mobilizar os governos a trabalharem juntos para enfrentar o aumento da migração no hemisfério.

Em meio a outras ausências, críticos dizem que o evento corre o risco de se transformar em um constrangimento para o presidente dos EUA, Joe Biden, que tem lutado para reafirmar a liderança do país em uma região onde a desconfiança em relação aos EUA é profunda e a China tem feito grandes incursões nas últimas duas décadas. A política externa dos EUA tem sido dominada por guerras no Oriente Médio e agora pela invasão da Ucrânia pela Rússia.

López Obrador liderava um coro de líderes majoritariamente de esquerda que pressionavam os EUA a convidar Cuba, Nicarágua e Venezuela para o encontro que ocorre nos EUA pela primeira vez desde 1994. Outros líderes, incluindo Guatemala, Honduras e El Salvador três grandes impulsionadores da migração para os EUA indicaram que também vão ficar longe.

Até mesmo alguns líderes que estão presentes mostraram diferenças com os EUA.

“Não pode haver uma Cúpula das Américas se nem todos os países do continente participarem”, disse López Obrador na segunda-feira, indicando que o México seria representado por seu secretário de Relações Exteriores, Marcelo Ebrard, “Ou pode haver uma, mas isso é continuar com a velha política do intervencionismo”.

A Casa Branca defendeu sua decisão de excluir alguns países, ao mesmo tempo em que confirmou que López Obrador visitará Washington em julho para se encontrar com Biden. A secretária de imprensa Karine Jean-Pierre disse que houve um “engajamento sincero” com o líder mexicano sobre a cúpula. “Não acreditamos que ditadores devam ser convidados”, disse Jean-Pierre. Fonte: .

Últimas