Banca do Carlinhos: há 50 anos, o sustento de uma família

Os novos tempos que chegaram trazendo tecnologia não acabaram com o movimento na banca de jornais de José Carlos do Amaral, que leva o nome da família. Completando 50 anos de atividade no Centro Histórico, ele diz que nem todo mundo aderiu aos meios digitais. Todos os dias, atende na banca um público fiel, acostumado a curtir o café da manhã com os jornais – e não o celular – nas mãos. Alguns são, depois de tanto, mais do que clientes de Carlinhos, como é conhecido. São amigos. 

A banca, que há alguns anos ficava situada em frente à Farmácia Brasil, foi transferida para a divisão das pistas da Rua do Imperador, na altura da Rua Marechal Deodoro, área de grande movimento na cidade. “Foram muitas lutas até chegar a cinquenta anos por aqui. Dias de chuva, vento, sol, enchentes… Mas sempre trabalhei com muito prazer e dedicação. Aqui fiz amigos de todas as classes, profissões e estilos. Comemoro por ter conquistado tudo isso por meio do trabalho”, explica. 

O petropolitano começou auxiliando o pai, José Jacinto do Amaral, com 15 anos de idade. Assumiu a titularidade quando tinha perto dos 19 anos e, desde então, é dali que tira o sustento da família. Diz, com orgulho, que o trabalho o ajudou a criar as filhas Isabela, Fernanda e Raquel, ao lado da esposa Vera Lúcia. “Acabou se tornando uma tradição da nossa família. Todos os dias vemos muitas pessoas passarem por aqui, parando, comprando um jornal, uma revista ou um livro. Mesmo com a internet, muita gente prefere ter o conteúdo nas mãos”, diz.