Banco pede à Fazenda para entrar no mundo das bets, cita ‘efeito social’ e limitação de apostas

22/ago 20:50
Por Matheus Piovesana / Estadão

A Caixa Econômica Federal espera se tornar um dos principais agentes do mercado de apostas esportivas no País. A Caixa Loterias, subsidiária do banco que cuida das lotéricas, pediu ao Ministério da Fazenda autorização para atuar com esse tipo de aposta.

“A entrada da Caixa no mundo das bets tem um efeito social importante”, afirmou o presidente da Caixa, Carlos Vieira, em entrevista à imprensa sobre os resultados do banco no segundo trimestre. De acordo com ele, assim como nas loterias, o banco fará uma distribuição de recursos arrecadados a projetos sociais.

Vieira disse que o monopólio das loterias, conferido pela Constituição à Caixa, buscou justamente dar esse caráter social aos jogos. De acordo com ele, ao regulamentar as bets, o governo federal está chamando para si a responsabilidade de ditar as regras para esses jogos.

A Caixa ressaltou que terá uma supervisão aos jogadores, para evitar um abuso dos jogos. A presidente da Caixa Loterias, Lucíola Aor, afirmou que o banco colocará limites tanto de apostas quanto de uso, e se necessário, fornecerá supervisão ao apostador caso ele se vicie.

De acordo com ela, a atuação das loterias e das bets é complementar. “Esses não são mercados concorrenciais entre si”, disse a executiva. Ela afirmou que a expectativa do banco é que a arrecadação com apostas esportivas seja equivalente à metade do que se arrecada hoje com a loteria tradicional.

Hoje com capital social abaixo do mínimo exigido pelo Ministério da Fazenda para atuar neste mercado, a Caixa Loterias deve se enquadrar nos índices mínimos dentro do prazo colocado pela pasta, de acordo com ela.

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