Banheira usada pelo ex-presidente Getúlio Vargas é aberta ao público

A famosa banheira usada pelo ex-presidente Getúlio Vargas (1882-1954) foi aberta ao público nesta terça-feira (9). Localizada no Palácio Rio Negro, na Avenida Koeler, a banheira de quatro metros de cumprimento e 80 centímetros de profundidade estava fechada há pelo menos cinco anos, mas a curiosidade dos visitantes fez com que a administração do museu reabrisse o espaço para visitação.

"Alguns visitantes chegavam aqui e perguntavam onde estava a banheira do Getúlio. Percebemos que era um espaço de curiosidade e que as pessoas queriam conhecer", disse o administrador do museu, Daniel Martinez. O quarto de banho foi construído a pedido do ex-presidente abaixo do piso do palácio. A banheira é feita de mármore e rodeada por azulejos e ladrilhos. Para chegar ao espaço é preciso descer uma escada de madeira caracol. "Tínhamos receio de abrir este local por causa do formato da escada, mas a curiosidade dos nossos visitantes foi maior", brincou o administrador.

A banheira do ex-presidente é cercada de histórias "oficiais" e "extraoficiais". Oficialmente, o quarto do banho foi construído para servir como local de recuperação de Getúlio Vargas quando ele se acidentou e machucou a perna. No entanto, há quem conte histórias mais "picantes" e que a banheira foi usada por mulheres como a vedete Virgínia Lane (1920-2014), que dizia ter sido amante por cinco anos do ex-presidente. "Não existe nenhum registro que remonte a construção desse espaço. É um mistério o que houve aqui e qual o verdadeiro motivo da sua construção", disse o administrador.

O Palácio Rio Negro foi reaberto ao público no ano passado, depois de um fechado para reformas. Em 2017, o museu recebeu 56 mil visitantes. O palacete foi construído em 1889 por Manoel Gomes de Carvalho, barão do Rio Negro. Se tornou a residência oficial dos presidentes em 1903, tendo Getúlio Vargas como o mais assíduo frequentador do imóvel. O último ex-presidente a se hospedar no casarão foi Luís Inácio Lula da Silva, em 2008.

O museu que é dedicado à memória da República pode ser visitado de terça a sábado, das 10h às 17h. A entrada é gratuita e visitas mediadas devem ser agendadas pelo telefone (24) 2246-2423 ou pelo e-mail: mprn@museus.gov.br