Barracas voltam ao camelódromo depois de 25 dias de improvisação

19/08/2017 11:30

Os 40 camelôs que estavam ocupando o estacionamento da CPTrans na Rua do Imperador voltaram para a Praça Clementina de Jesus, na tarde de ontem. O local, que havia sido interditado após o incêndio no supermercado Extra, foi liberado pela Defesa Civil para receber novamente as barraquinhas. Depois de 25 dias no local provisório, amargando prejuízos, sem registrar movimento, os ambulantes agora tentam recomeçar, desenhando estratégias para conseguir recuperar as vendas. “Passamos por um sufoco. Fiquei uma semana sem vender nada. Foi tão ruim ficar no estacionamento da CPTrans que eu deixei de trabalhar. Porque estava gastando dinheiro, comendo na rua sem vender nada. 

Foi terrível. Agora o que resta é se recuperar. Porque pelo menos aqui vendemos alguma coisa”, comemorou Rosemere Aparecida, conhecida como “Rose Ruiva”. A situação de Rose é semelhante à de todos os ambulantes, que com barracas mais vazias, agora já podem fazer planos para tentar comprar novas mercadorias. “Vamos vendendo o que tem, separando dinheiro, pagando as dívidas para comprar mais coisas e recuperar as barraquinhas, para que voltem a ter a quantidade de produtos que tinham antes do incêndio no Extra”, contou a ambulante.

Para o presidente da Associação dos Vendedores Ambulantes de Petrópolis (Avampe), João Firmino, o momento é de adaptação. “Vamos nos adequando à esse espaço que agora ficou menor – perdemos 2,5 metros por conta dos tapumes nos escombros do Extra, e vamos agora vivendo um dia de cada vez” completou. Quem tem comércio próximo, também comemorou a volta dos ambulantes, porque o movimento na região aos poucos volta ao normal. “Com eles, aumenta o número de pessoas passando por essa região e a gente espera que isso também nos auxilie no aumento das vendas”, explicou Paulo Cordeiro, proprietário do Mercado de Carnes Vitrine, há 36 anos.

O camelódromo funciona de segunda a sábado, das 8h às 20h, na Praça Clementina de Jesus, entre as ruas Prudente Aguiar e Paulo Barbosa.



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