Bauernfest – considerações

19/07/2016 12:00

Indiscutivelmente, a 27ª Bauernfest foi um sucesso, aprimorada e aumentada a cada ano que passa, com grande divulgação e presença maciça de turistas das mais variadas regiões do país e, agora, até do exterior (como foi divulgado), além de muito prestigiada também pelos moradores locais.

Mas – sempre existe um “mas” – pequenos “grandes” detalhes, muito sérios, que precisam ser observados e corrigidos na medida do possível, para não prejudicarem os visitantes dos próximos anos, mesmo considerando que em março/14, nosso companheiro de crônicas – Alexandre Hugueney – já havia apontado os mesmos detalhes além de dar esclarecimentos sobre o evento. A festa está se desenvolvendo de maneira acelerada, talvez nunca imaginada pelas autoridades e se considerarmos que o espaço em torno do Palácio de Cristal está ficando pequeno – se torna um entrave. Se não há local para mudar, nem condições para tal, a solução será ampliar – e aí só se cobrindo todos os espaços ao longo das áreas sobre os três rios que se cruzam, mesmo assim, ainda será pouco. Portanto, um problema para ser estudado com seriedade para se encontrar uma solução viável.

Outro entrave é o espaço para estacionamento, o que deixa o visitante desnorteado, acrescido da necessidade de uma fiscalização mais intensa para evitar excesso de multas e reboques – o que houve em profusão – e que gera reclamações de quem nos visita. Neste ponto, esperamos que nenhum carro de fora tenha sido rebocado, pois se ocorreu, será um “espanta” turista. Mas o detalhe mais peculiar é que um amigo, por não encontrar local adequado foi estacionar bem longe da festa e no caminho de volta pode constatar que, entre tantos infratores, somente os carros de alto luxo foram poupados com um simples aviso de “advertência” – alguma orientação neste sentido? 

Agora, o mais trágico e premente, é o mal funcionamento e escassez dos sanitários – superlotados e sujos – pois, os visitantes, entupidos de chope (não há cristão que consiga suportar) e, de “cuca” cheia, se aliviam em qualquer lugar, mesmo sendo repreendidos pelos seguranças.

Por isto mencionei acima – são “pequenos grandes” detalhes – necessários de serem observados para melhoria futura. No quiosque em que estávamos – totalmente atípico para tal festa, vendendo livros do IHP – conversávamos muito com os diversos visitantes e éramos um tipo de “termômetro” de reclamações do evento. Um visitante pediu orientação para chegar à Cervejaria Bohemia, conhecer e saborear o produto na origem e, algum tempo depois, teve a paciência de retornar só para mostrar sua indignação com a empresa pois lá encontrou um grupo de pagode, o que classificou de desrespeito num evento que homenageia aos colonos germânicos.

Estávamos bem localizados, logo na entrada pela rua Padre Siqueira, no espaço do IHP, o que facilitou aos visitantes a procura de informações além de ávidos por livros sobre Petrópolis, principalmente, sobre sua colonização. E a professora Vera Abad, pacientemente, propiciava aos visitantes uma rápida aula sobre o assunto.

Assim, tais comentários não representam críticas aos organizadores, mas observações que julgo necessárias, repetindo tudo que o cronista Alexandre Hugueney já havia apontado em 2014 como simples alerta aos responsáveis. Elogios para ser-se agradável não são construtivos mas comentários bem intencionados são benéficos para a coletividade.

jrobertogullino@gmail.com


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