Bebê que nasceu com grave doença e mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros comemora seu primeiro ano de vida

23/08/2020 09:55

Há um ano, o bebê Emannuel Pereira nascia no Hospital Alcides Carneiro com uma cardiopatia grave. Com apenas dois dias de vida, ele foi transportado pelo helicóptero do Corpo de Bombeiros para o Instituto Nacional de Cardiologia, no Rio de Janeiro. Foram meses entre cirurgias, internações e o tratamento. A história comoveu e mobilizou amigos da família e até desconhecidos, que viram sua história no noticiário e se uniram em vaquinhas ou fazendo a doação de sangue. Neste sábado, dia 22, Emannuel completa um ano, e não poderia ser uma alegria maior para a sua mãe Helen Pereira contar a sua recuperação, hoje, junto da família.

 

Foto: Divulgação/Arquivo pessoal/Helen Pereira

 

“Quando ele nasceu eu nem imaginava tudo o que ia acontecer, afinal, eu nem sabia da cardiopatia”, conta Helen. A mobilização para salvar a vida do Emannuel já começou no primeiro dia. Ele precisava ser operado com urgência em um hospital especializado, e por causa do seu estado de saúde frágil não resistiria a transferência por ambulância até o Instituto no Rio de Janeiro. Foi aí, que os bombeiros do 15º Grupamento Bombeiro Militar conseguiram mobilizar a aeronave para fazer o transporte. No dia, a transferência acontecendo dentro do campo de futebol do E.C. Corrêas que interrompeu um jogo para ajudar na ação.

 

Já no Rio de Janeiro, Emannuel passou pela primeira cirurgia no dia 27 de agosto. “A hora nunca demorou tanto a passar como naquele dia. Ele entrou no centro cirúrgico por volta de 10h e voltou por volta de 18h e foi um alívio saber que tudo ocorreu bem”, conta a mãe. No dia 10 de setembro, o bebê teve uma convulsão e com os exames, os médicos descobriram que ele teve uma hemorragia e estava com hipertensão intracraniana. 

 

“Fomos transferidos de emergência-vaga zero no dia 11 de setembro para o Hospital Miguel Couto, no Leblon, onde colocou a DVE (derivação ventricular externa) para drenar o líquor. Ficamos seis dias e fomos transferidos para Hospital Jesus, em Vila Isabel. Até que ele saiu do tubo e dia 31 de setembro colocou a DVP (derivação ventrículo-peritoneal) pois a hemorragia deu hidrocefalia”, disse Helen.

 

Foi uma verdadeira peregrinação da mãe e dos familiares até que Emannuel se recuperasse. Em março, ele precisou passar por mais uma cirurgia no intestino, porque estava com obstrução intestinal. Foi mais um mês e meio no hospital, porque seu quadro se agravou no pós-cirurgia. 

 

Mas hoje, Emannuel está se recuperando e vai passar o aniversário em casa com a família e o irmão João Henrique Pereira, de 3 anos. “Meu filho é uma benção, ele me fez ver o quão forte sou. Vi muitas coisas dentro do hospital, vi muitas mães perdendo filhos. Aprendi muitas coisas que eu nem imaginava. Eu sou eternamente grata por cada um que ajudou meu filho de alguma forma. Hoje ele está bem, feliz, se desenvolvendo aos poucos. Cada dia é um aprendizado”, disse Helen.

Foto: Divulgação/Arquivo pessoal/Helen Pereira

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