Biden diz levar inflação ‘muito a sério’ e que reduzi-la é principal prioridade

10/05/2022 14:23
Por André Marinho / Estadão

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, garantiu que leva a recente escalada inflacionária no país “muito a sério” e definiu o controle dos preços como “principal prioridade” de sua gestão na Casa Branca. “Sei que famílias em toda a América estão sofrendo por causa da inflação”, disse o presidente em discurso nesta terça-feira, dia 10.

O democrata atribuiu a persistência do movimento aos efeitos da pandemia e à guerra decorrente da invasão russa da Ucrânia. Segundo ele, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) exerce “papel primário” no combate a inflação e tem independência para estabelecer a política monetária.

“Embora eu nunca vá interferir no Fed, eles são independentes, eu acredito que a inflação é nosso principal desafio econômico neste momento e acho que eles também acreditam”, comentou, acrescentando que concorda com a declaração do presidente do Fed, Jerome Powell, de que a inflação ameaça o vigor da maior economia do planeta.

Biden acrescentou que algumas raízes da inflação estão fora do controle das autoridades domésticas e que o mundo inteiro enfrenta situação semelhante.

China

Joe Biden informou que o governo estuda suspender as tarifas à China adotadas no âmbito da guerra comercial empreendida pela gestão anterior da Casa Branca. “Ainda não tomamos uma decisão”, ressaltou, em pronunciamento nesta tarde.

O democrata voltou a exortar o Congresso a implementar sua agenda econômica, que visa reduzir o déficit fiscal em US$ 1,5 trilhões este ano, de acordo com ele. Um dos objetivos seria obrigar grandes empresas a pagarem a parcela justa de impostos, comentou Biden.

O presidente americano teceu duras críticas à proposta econômica da oposição republicana. “O plano deles é aumentar impostos para 75 milhões de famílias americanas”, acusou. Biden pontuou ainda que está trabalhando para ajudar os países europeus a reduzirem a dependência de fontes energia da Rússia, como resposta a guerra empreendida pelo Kremlin na Ucrânia.

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