BOE: efeitos da Ômicron serão considerados em decisão sobre juros, diz Saunders
Membro do Comitê de Política Monetária (MPC, na sigla em inglês) do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), o economista Michael Saunders afirmou nesta sexta-feira que os efeitos econômicos da nova variante do coronavírus Ômicron serão considerados na decisão sobre juros deste mês. Segundo ele, é importante avaliar “os custos e benefícios potenciais de esperar para ver mais dados sobre isso antes de – se necessário – ajustar a política monetária”.
No entanto, segundo o economista, atrasar a alta de juros poderia reforçar a escalada nas expectativas de inflação e forçar aperto monetário abrupto mais à frente. Saunders destacou que os riscos apontam para um período prolongado de inflação em alta no Reino Unido, com a recuperação econômica seguindo desigual em várias dimensões.
Para ele, entretanto, a política monetária pode fazer pouco para lidar com as questões de oferta. “Há pouco que a política monetária pode fazer para lidar com fatores que têm apenas efeitos transitórios sobre a inflação – afetando as perspectivas de curto prazo, mas não as perspectivas para a inflação no horizonte relevante para a política”, disse.
Saunders destacou que os efeitos econômicos da pandemia foram maiores que o do Brexit no Reino Unido – medida que resultou em notável redução da abertura da economia britânica. Porém, se a economia manter ritmo atual, trajetória da taxa de juros será positiva, disse ele.