Bolsa de Londres fecha em leve baixa, com cautela por Fed e feriado nos países vizinhos

01/maio 12:50
Por Maria Lígia Barros / Estadão

A Bolsa de Londres fechou em baixa nesta quarta-feira, 1º, enquanto os mercados se posicionam para a decisão de juros do Federal Reserve (Fed), limitando o apetite por risco. A sessão na Europa foi de liquidez reduzida, já que as principais bolsas da zona do euro ficaram fechadas em atenção ao feriado do Dia do Trabalhador.

O índice FTSE 100 teve leves ganhos ao longo do dia, mas virou para baixo na segunda metade do pregão e fechou com queda de 0,28%, aos 8121,24pontos.

Investidores ficaram no aguardo do comunicado de política monetária do Fed e comentários de seu presidente, Jerome Powell, que possam sinalizar sobre quando (ou se) os cortes de juros começarão nos EUA neste ano. “É amplamente esperado que não haja nenhuma mudança nas taxas, mas a probabilidade de o Fed ser “hawkish”, pelo menos retoricamente, aumentou significativamente”, comenta o estrategista de câmbio George Vessey, da Convera.

Na semana que vem, será a vez do Banco da Inglaterra (BoE) decidir juros. Na visão do ANZ, o BOE não vai pautar seus cortes de juros pelas decisões do Fed. “A economia do Reino Unido está a operar abaixo do seu potencial. A inflação apresenta uma tendência sustentável em direção à meta, ajudada pela fraqueza da demanda”, disse, em relatório. Hoje, o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) industrial do Reino Unido caiu para território de contração, de 50,3 em março para 49,1 em abril. No entanto, a leitura ficou acima da estimativa preliminar e da projeção.

Entre as empresas que divulgaram balanços trimestrais hoje, GSK subiu 2,5%, após a farmacêutica britânica elevar suas projeções para o ano depois de superar expectativas de faturamento no primeiro trimestre de 2024. A Aston Martin tombou 6,2%, com prejuízo maior e queda na receita desse primeiro trimestre.

Ainda no noticiário corporativo, o espanhol Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) estabeleceu os termos de sua proposta de fusão com o rival menor Banco de Sabadell, em seus esforços de criar uma das maiores instituições financeiras da Europa.

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